Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, costumava dizer que “a linguagem simples é uma questão de cidadania”. Ele não estava só. Na Inglaterra, em meados da década de 1970, a Sociedade de Direito Estatutário começou a pressionar o Parlamento pedindo uma melhora na redação das leis, consideradas de difícil compreensão. Em 1982 uma ação revisou 171 mil formulários, extinguindo 36 mil deles e redesenhando outros 58 mil. No fim dos anos 1980, era difícil encontrar um formulário difícil de entender no país.
A nova edição da “Síntese para tomadores de decisão”, que começa a circular nesta segunda-feira (16/09) pelos gabinetes da Assembleia Legislativa, aborda a importância do uso de Linguagem Simples nos textos da administração pública. Trata-se de um movimento que começou nos Estados Unidos quando consumidores e cidadãos passaram a exigir que textos e documentos fossem mais fáceis de ler e entender. O movimento posteriormente se espalhou pelo mundo e alguns exemplos de países que caminharam nesta direção são destacados na mais recente edição do documento produzido pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio.
No Brasil, o movimento começou a ganhar mais destaque com o lançamento do livro “Clareza em Textos de e-gov, uma questão de cidadania”, da jornalista e empreendedora Heloisa Fischer. No ano passado, ela concedeu uma entrevista sobre a importância da Linguagem Simples para o programa Rio em Foco, exibido pela TV Alerj e, em junho, participou de um workshop na Assembleia Legislativa promovido pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio.
A “Síntese” é, basicamente, uma fact sheet, ou seja, uma ficha informativa que enfatiza os pontos-chave de um tema de forma concisa, geralmente usando elementos gráficos, em uma única página impressa. O objetivo é gerar conteúdos que possam colaborar com os deputados e seus assessores na formulação de iniciativas e projetos de Lei.
Para acessar a versão completa do documento, basta clicar aqui.
Para acessar edições anteriores da “Síntese”, clique no tema abaixo:
Oportunidades da Agenda de Concessões Federais
Panorama e perspectivas do emprego no Rio de Janeiro
A hora e a vez da Economia Circular