Membros da Câmara de Agronegócios sugerem temas para a agenda do grupo em 2023

À frente do Fórum da Alerj em 2023, o subdiretor Frederico Lima conduziu a primeira reunião da Câmara Setorial de Agronegócios deste ano, que aconteceu de forma on-line, na última quinta-feira (13/04) pela plataforma Zoom. Para assistir na íntegra, clique aqui

Nesse primeiro momento, o objetivo do encontro foi a elaboração de uma agenda de trabalho que será desenvolvida ao longo de todo o ano, levando em consideração os temas que já foram elencados durante a reunião geral de apresentação do Fórum. Para saber mais clique aqui.

“Os principais temas sugeridos durante a reunião geral foram: pesquisas em novos insumos e agrominerais para a criação de um centro de fertilizantes, serviços ecossistêmicos, sistemas integrados e conhecimento dos solos; uso de energia solar na agricultura e melhora no ambiente regulatório do setor”, relembrou Frederico. 

O pontapé inicial foi dado pelo superintendente do Sistema OCB-SESCOOP, Abdul Nasser.  De acordo com ele, o estado do Rio tem um problema sério de captação de leite e de estímulos. "As empresas que vêm para o Rio aproveitar o RIOLOG, na verdade, não estão comprando leite, mas sim incentivos fiscais. E isso acaba prejudicando a cadeia local”, atentou.

Outro ponto destacado pelo superintendente e também pelo coordenador do CEFET- RJ, Marcelo Irineu, foi a necessidade da criação de um crédito rural no estado. “Essa questão financeira é um gargalo muito forte, e se o Rio de Janeiro não tem uma política própria para fazer os investimentos necessários no setor, esse para mim é um ponto central no fomento da agricultura do Rio”, esclareceu Marcelo. 
 
Ainda de acordo com o coordenador do CEFET-RJ, a necessidade de estimular o empreendedor/produtor dentro do estado também precisa estar no radar do legislativo.“O produtor precisa ter condições e infraestrutura para produzir dentro do Rio, permitindo o desenvolvimento do empreendedorismo rural”, finalizou.
   
Em complemento, o pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Jerri Zilli, falou sobre as ações que estão sendo desenvolvidas e a importância de trabalhar de forma conjunta com as demais instituições para o fortalecimento do setor e para a geração de emprego e renda. “Temos o mapeamento de toda a região norte-fluminense. Mais de 300 mil hectares em que eram cultivados cana-de-açúcar estão, atualmente, com uma produção leiteira e bovina para corte muito pobres. Para reduzir esses impactos, nossa maior prioridade e que queremos trabalhar aqui na câmara setorial do Fórum é a produção de grãos, de forma integrada com outras instituições, até porque o que se produz de leite no estado é muito baixo, além da necessidade de maior tecnologia e infraestrutura”, concluiu.

Segundo o consultor setorial da Firjan, Ronaldo Martins, três importantes pilares precisam estar na agenda da Câmara setorial de Agronegócios nos próximos meses: a produção de adubo nitrogenado no Rio, com base em gás; o fomento do complexo pesqueiro e, por último, a necessidade de licenciar cinco distritos florestais, com base na Lei 9.972/23, e instituídos pelo Decreto 45.597/16. 

A redução tributária do setor também foi evidenciada pelo coordenador de assistência técnica da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), Maurício Salles e Frederico Lima encerrou o encontro apontando também a economia do mar como importante prioridade nessa agenda.

Ao todo, participaram do encontro representantes do Sistema OCB-SESCOOP,  Embrapa Agrobiologia, CEFET, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Sociedade Nacional de Agricultura, Conselho Regional de Contabilidade-RJ, Rio Indústria, Firjan e  Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro.