A Câmara de Cultura, Turismo e Esportes definiu na quarta-feira (12/05), que o grupo irá debater a atualização do Mapa do Turismo Brasileiro, prevista para o segundo semestre deste ano, além das oportunidades para os municípios com os recursos federais disponíveis que não estão sendo acessados pelo estado. A ideia é realizar duas capacitações voltadas aos gestores municipais para que eles estejam contemplados e bem classificados no Mapa, assim como estarem aptos a acessar os fundos disponíveis atualmente.
O Mapa do Turismo é um instrumento que orienta a atuação do Ministério do Turismo no desenvolvimento de políticas públicas e define o recorte territorial que deve ser trabalhado prioritariamente pela pasta. Já a categorização, que vai de A até E, tem como objetivo principal identificar o desempenho da economia do turismo dos municípios inseridos no Mapa para otimizar a distribuição de recursos públicos e a elaboração de políticas específicas para cada categoria de municípios.
Segundo o presidente da Federação dos Convention & Visitors Bureaus, Marco Navega, o estado do Rio de Janeiro já tem uma condição privilegiada dentro do Mapa, com 83 dos 92 municípios inseridos.
“Nenhum outro estado do país tem tantos municípios de categoria A como o Rio de Janeiro, que possui sete (Angra dos Reis, Paraty, Petrópolis, Búzios, Macaé, Cabo Frio e capital), além de sermos muito fortes também na categoria B. Porém, não estamos conseguindo tirar proveito desse quadro para acessar os recursos federais disponíveis, o que outros estados já estão fazendo”, afirmou Navega.
Outra preocupação demonstrada por ele durante a reunião foi o fato de muitos municípios, que foram inseridos no Mapa na última atualização, em 2019, estarem com seus conselhos desativados. “Para estar contemplado no Mapa é necessário que o município tenha um órgão do turismo em atividade e esteja com o conselho municipal funcionando, então precisamos fazer o dever de casa, porque existem saídas para a ausência de recursos no Rio de Janeiro”, frisou.
Outra frente que a Câmara irá trabalhar são as oportunidades de desenvolvimento das unidades de conservação, que podem ser estimuladas por políticas públicas como o ICMS Ecológico, movimentando ainda mais o turismo no estado.