Medir o impacto da atividade turística na economia fluminense para instrumentalizar investimentos e corroborar para o aperfeiçoamento do planejamento estratégico do setor é o objetivo do estudo técnico realizado pelo recém-lançado Observatório do Turismo Fluminense. A iniciativa da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) foi apresentada nesta quarta-feira (10/03) durante a reunião virtual da Câmara de Cultura, Turismo e Esportes.
A publicação atendeu a uma solicitação da Alerj, enviada em junho de 2019, interessada no acompanhamento das políticas públicas voltadas ao setor e traz informações como o nível de satisfação do turista no Estado do Rio de Janeiro, incluindo serviços públicos, rede hoteleira, atrativos e segurança; a taxa de retorno do montante investido na estrutura produtiva das atividades relacionadas ao turismo; os impactos econômicos positivos ou negativos da indústria do turismo nos municípios do estado.
“Nosso intuito é fornecer subsídios para o desenvolvimento de uma gestão do turismo mais eficaz tanto pública quanto privada”, ressaltou a diretora do CEEP (Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas da Fundação CEPERJ), Gisela França Vieira.
Ela explica que o primeiro estudo focou nas características e potencialidades dos 92 municípios, agrupados em oito regiões (Metropolitana, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense, Serrana, Baixadas Litorâneas, Médio Paraíba, Centro-Sul Fluminense e Costa Verde).
“Percebemos também a oportunidade de utilizar atrações turísticas mais conhecidas como pontos difusores para que o visitante possa ser redirecionado para outros locais, explorando principalmente o turismo religioso e o de negócios”, explicou. Um exemplo citado por Gisela é o Cristo Redentor que poderia ser usado para divulgar outros pontos turísticos religiosos como o Mosteiro de São Bento, a Catedral Metropolitana ou até mesmo outras regiões como do Médio Paraíba, com a Catedral de Nossa Senhora da Glória em Valença e mais de 26 museus na região.
Outros pontos levantados durante o encontro foi em relação ao turismo de negócios, que segundo Gisela ainda não atinge toda a sua potencialidade. “Temos de pensar na expansão e construção de mais centros de convenções, além de parcerias para a captação de eventos para movimentar mais o turismo de negócios do estado e transformar esse visitante também em turista de lazer”, pontuou Gisela que ainda frisou a importância de um calendário de eventos anual atualizado e que contemple as opções de cada região do estado na promoção do turismo gerando emprego e renda.
Durante a reunião, o grupo também apresentou propostas de temas a serem debatidos pela Câmara nos próximos meses. Dentre as sugestões estão a atualização do Mapa do Turismo e a interiorização do turismo no estado.