Em 2019 comemoramos os 500 anos da primeira volta ao mundo. A expedição marítima que cruzou o planeta e transformou para sempre a ciência náutica, a cartografia e a geopolítica mundial. A nona edição da "Síntese para Tomadores de Decisão", produzida pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, que começou a circular nesta quinta-feira (12/12) pelos gabinetes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) destaca o legado da aventura liderada por Fernão de Magalhães. A importância do feito motivou Portugal e Espanha a apresentarem um pleito conjunto à Organização das Nações Unidas (ONU) para torná-lo patrimônio da Humanidade. A celebração da façanha motivará uma série de eventos entre 2019 e 2023, intervalo que corresponde ao período da viagem realizada há cinco séculos.
A viagem da tripulação de Magalhães é considerada por especialistas como marco para comprovação da esfericidade do planeta. A expedição esteve no Brasil e sem a participação do nosso país a viagem provavelmente não teria dado certo. O diário de bordo relata que a nau com suprimentos havia naufragado. Os navegadores já haviam comido até o couro dos sapatos para resistir à fome. Ao aportar em terras brasileiras, os tripulantes armazenaram diversos tipos de frutas, levaram galinhas e água de coco para alimentar a tropa durante o resto do percurso.
O pioneirismo da expedição de Magalhães fez com que seus tripulantes fossem responsáveis por batizar uma parte importante do “Novo Mundo” com nomes usados até hoje. O Oceano Pacífico ficou assim conhecido porque a esquadra chegou a navegar 340 quilômetros por dia durante três meses num “grande mar calmo”. Uma das versões para o nome da capital do Uruguai,Montevidéu, por exemplo, é contada a partir da observação de seu contramestre, Francisco de Albo, que teria avistado um monte assemelhado a um chapéu, e lhe deu o nome de “Monte vi eu”.
Tantos marcos ligados à América do Sul inspiraram diversas comemorações. O Real Gabinete Português de Leitura realiza uma exposição até o final de 2020 sobre a viagem aberta ao público de 9h às 18h na Rua Luís de Camões, nº 30.
Para celebrar aos 500 anos da primeira volta ao mundo e a passagem da esquadra pela Baía de Guanabara, primeiro porto da expedição nas Américas, o Fórum de Desenvolvimento Estratégico, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou no dia 03/12, em parceria com a Associação Luis de Camões, evento comemorativo no Plenário da Casa. O encontro reuniu também os cônsules de Portugal, Espanha, Uruguai, Peru, Chile e Argentina para falar sobre a contribuição da expedição para os seus países. Saiba mais aqui.