O tempo médio de deslocamento para ir e voltar do trabalho nas 10 regiões fluminenses vem aumentando e o impacto econômico do tempo gasto no trânsito do trabalhador fluminense já ultrapassa os 30 bilhões de reais. É o que aponta o estudo “Quanto custa o deslocamento no estado do Rio” - link, divulgado em agosto pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). As maiores elevações – tanto de tempo como de pessoas impactadas – ocorreram na Baixada Fluminense, porém o problema atinge a todo o estado do Rio. Em média o tempo de deslocamento já alcança 2h18min.
O custo da produção sacrificada (o que deixa de ser produzido na economia devido ao tempo perdido nesses percursos) atingiu R$ 30,3 bilhões ou 4,8% do PIB estadual de 2013 (último ano com informações disponíveis para os municípios). A análise da situação evidencia que não há municípios imunes aos problemas de mobilidade urbana, uma vez que boa parte dos deslocamentos ocorre nos mesmos horários e sentidos, saturando os sistemas viários.
“Os resultados mostram que os municípios mais impactados não são as principais cidades das regiões fluminenses, e sim aquelas situadas em seu entorno, que possuem menor dinâmica econômica e oferta de empregos. Nestas, grande parte dos trabalhadores precisa se deslocar para outro município, percorrendo grandes distâncias”, avalia Leonardo Ribeiro, assistente de Estudos de Infraestrutura do Sistema FIRJAN.
O estudo ainda destaca a necessidade de políticas de integração da região metropolitana, redefinindo a concentração de ofertas do Estado: empregos, saúde, educação, lazer e serviços em geral.
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