Continuidade do PELC/RJ 2045 depende da aprovação de plano de governança

O Plano Estratégico de Logística e Cargas do Estado do Rio de Janeiro (PELC/RJ 2045) mapeou os principais gargalos logísticos fluminenses visando à integração entre as principais zonas econômicas do estado. Após debater o plano durante três anos junto à sociedade e envolvendo os principais atores, foram definidas as intervenções necessárias para que o estado seja competitivo ao aumentar seu potencial de negócios. Segundo o superintendente de Logística de Cargas da Secretaria de Estado de Transportes, Eduardo Duprat, que apresentou as próximas ações do PELC/RJ 2045 nesta terça (13/09), durante o encontro da Câmara Setorial de Infraestrutura Logística, o próximo passo é aprovar o Plano de Governança com a institucionalização do conselho gestor e do fórum de cooperação intragovernamental. Na reunião, realizada pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo também destacou que o desafio do PELC RJ/2045 é se consolidar como  um plano orientador de políticas públicas na área de logística e cargas, com prioridades bem definidas.

“São 12 conjuntos de equipamentos de infraestrutura, chamadas de âncoras logísticas, incluindo todas as zonas estratégicas. O que apresentamos foram projetos limpos, especificando que tipo de intervenção deve ser feita, onde e como. Todos os elementos como impacto político e viabilidade ambiental foram pensados junto à sociedade de forma a não esbarrar nesses obstáculos. São projetos endereçados para que amanhã ou depois possam se tornar projetos executivos, pronto a serem implementados. Para que eles andem agora, é necessário normatizar o plano de governança que está a cargo da Casa Civil e que depois será encaminhado para a aprovação da ALERJ”, explicou Duprat.

 A expectativa é que o PELC sirva como uma ferramenta para que o Estado do Rio se consolide como um sistema logístico de classe mundial, assumindo sua vocação como centro de ligação para grandes mercados consumidores, nacionais e globais, na distribuição de produtos e cargas.

 Faz parte da carteira de investimentos o projeto da ferrovia que vai ligar o Rio ao Espírito Santo (EF-118), integrando a rede portuária dos dois estados, a melhorias e concessões de rodovia, o Porto do Rio (com a a revisão do livro-documento), além da estratégia aeroportuária (Galeão- Santos Dumont- TMA Rio).

 “O PELC RJ/2045 ajuda o estado se concretizar como uma rótula logística do País, podendo servir de elo com o Centro-Oeste, São Paulo e o Norte do País. Aprovar o plano de governança é fundamental para o sucesso do PELC, mas que ele seja um projeto de Estado e não seja ameaçado por trocas de governos”, afirmou Eduardo Rebuzzi, presidente do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRio e da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga).

 “O PELC RJ/20145 traz um horizonte pra 30 anos. Nosso desafio agora é tornar o plano conhecido dentro da Alerj para que ele sirva como base de planejamento para a criação de políticas públicas também em outras áreas, que permitam ao estado desenvolver ainda mais o setor produtivo”, afirmou Geiza Rocha, subdiretora do Fórum de Desenvolvimento do Rio que afirmou a intenção de realizar um evento em novembro para  detalhar o PELC para os deputados da Casa.

A próxima reunião da Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística, marcada para o dia 18 de outubro, debaterá a implementação da Zona Internacional de Serviços Logísticos (Zis-L), com o objetivo de tornar o Estado fluminense em um hub global no setor produtivo nacional.

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