A Câmara Setorial de Tecnologia acompanhou nesta quarta-feira (26/06) uma apresentação sobre o Índice Brasileiro de Inovação e Desenvolvimento, o IBID, conduzida por Marco Túlio Castro, representante da ASSESPRO-RJ. O estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o INPI, já havia sido previamente discutido em reuniões anteriores do grupo, porém, esta nova análise trouxe um diagnóstico focado no desempenho do estado do Rio de Janeiro no campo da inovação, com dados comparativos entre os estados brasileiros.
O Índice Brasileiro de Inovação e Desenvolvimento (IBID) 2024 revela que o Rio de Janeiro ocupa a 4ª posição no ranking nacional, com pontuação de 0,402, ficando atrás de São Paulo (0,891), Santa Catarina (0,415) e Paraná (0,406). O estado se destaca nos pilares de Capital Humano (2º lugar) e Infraestrutura (4º lugar), demonstrando bons resultados em educação básica e superior, pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de tecnologias de informação e comunicação (TIC). No entanto, enfrenta desafios significativos nos quesitos, instituições (9º lugar), economia (8º lugar) e Negócios (6º lugar), com problemas como baixa eficiência institucional, crédito limitado em relação ao PIB e apoio insuficiente à inovação., considerados estratégicos para impulsionar o desenvolvimento do setor no estado.
Outro item em que o estado apresenta bom desempenho é o de Economia Criativa, ocupando a 2ª posição, principalmente em bens e serviços criativos. Por outro lado, no pilar Conhecimento e Tecnologia (6º lugar), o estado apresenta desempenho mediano, com espaço para melhorias em produção científica, depósitos de patentes e transferência de tecnologia.
“Precisamos olhar os indicadores em que o Rio de Janeiro tem uma performance ruim e tentar verificar se é possível extrair algum tipo de conclusão a partir disso com sugestões de ações concretas e políticas públicas que eventualmente possam ser adotadas”, explicou Marco Túlio Castro.
De acordo com ele, entre as oportunidades de avanço estão os investimentos em infraestrutura geral (como rodovias e energia), sustentabilidade (energia renovável e redução de emissões) e ativos intangíveis (marcas e patentes). Para subir no ranking, o Rio de Janeiro precisaria fortalecer suas instituições, ampliar o acesso a crédito e fomentar a inovação, conectando melhor a pesquisa acadêmica ao setor produtivo e melhorando a competitividade no cenário nacional de inovação.
Os presentes ao encontro também acordaram em entrar em contato com o INPI durante o segundo semestre a fim de esmiuçar os dados detalhados do IBID, já que muitas informações estão consolidadas, dificultando a identificação precisa dos indicadores que mais impactam o estado.
Outra sugestão foi a inclusão do Fórum da Alerj na Aliança pela Inovação, que reúne instituições de ensino, pesquisa, empresas e governo com o objetivo de transformar o Rio de Janeiro em um polo de referência em inovação, tecnologia e desenvolvimento sustentável. A iniciativa tem como propósito fomentar a pesquisa aplicada, estimular o empreendedorismo e escalar soluções inovadoras com impacto social, econômico e ambiental e reúne atualmente 21 instituições como o próprio Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Prefeitura do Rio de Janeiro, as universidades públicas do estado, além da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), IBMEC, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre outras.
Confira a reunião completa no canal do YouTube do Fórum da Alerj