A Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística voltou a falar sobre a mobilidade urbana, nesta terça-feira (27/05) durante a reunião mensal do grupo. Ficou definido que em junho, a gerente de mobilidade urbana da Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (SEMOVE), Eunice Horácio, apresentará um panorama dos últimos 10 anos de mobilidade urbana no estado, com um enfoque nos ônibus.
No encontro, Eunice compartilhou com o grupo a preocupação com a alta aderência da população fluminense ao uso de transporte por aplicativos, em especial o uso de motos.
“As pessoas estão saindo do sistema de transporte urbano e indo para os modos, pouco seguros, estão se arriscando porque elas querem tempo de viagem. Uma das soluções para essa questão é a faixa preferencial para os ônibus, ganhando tempo de viagem. Precisamos pensar o que a gente enquanto Câmara de Infraestrutura pode propor e por isso a ideia de falarmos um pouco mais sobre mobilidade”, explicou.
Ela ainda complementou dizendo que o trânsito é consequência da falta de espaço em comparação com a quantidade de veículos nas ruas
“Ao melhorar a mobilidade, melhoramos também a saúde pública. Não vale a pena economizar tempo e dinheiro e acabar se acidentando”, concluiu.
Outra temática debatida nesse encontro, foram os investimentos que necessitam ser feitos nas estradas estaduais.
“Seria importante garantirmos recursos para investir nas estradas do estado e poderíamos pensar em um projeto de lei para separar um pedacinho do Fundo Soberano para garantir a manutenção e até a melhoria das estradas estaduais que não são concedidas. Porém, é necessário estar balizado por um estudo para priorizar onde esse investimento deve ser feito”, sugeriu o especialista em Estudos Econômicos da FIRJAN, Diogo Martins.
O Fundo Soberano faz parte da Lei Complementar Nº 200, de 02 de março de 2022, e nada mais é do que um “fundo especial de natureza financeira e contábil, vinculado ao Poder Executivo Estadual”. Entre as suas finalidades estão: constituir uma poupança pública com recursos públicos a partir da exploração do petróleo e do gás natural e financiar o desenvolvimento social e econômico do estado.
A discussão sobre a criação da Linha 3 do Metrô Rio foi trazida pela professora assistente da UERJ, Desirre Freire.
“Queria propor debatermos sobre a Linha 3 do metrô, estudar se esse projeto entrou no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e como está sendo isso. E também a viabilização dos investimentos para essa linha, visto que aquela área toda de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí não tem nenhum modal ferroviário corrente, como tem aqui”, disse.
Atualmente, a Linha 3, citada pela representante, integra o Novo PAC, mas precisa da conclusão de alguns estudos a serem licitados pelo governo estadual. O valor estimado para implantação da linha é de R$ 4,5 bilhões e estão incluídas 14 estações entre Guaxindiba, em São Gonçalo, e a Praça Arariboia, no Centro de Niterói.
Para saber mais, assista à reunião na íntegra no Canal do Fórum no YouTube