Mobilidade urbana e construção da Ferrovia Vitória-RIo (EF-118) vão pautar início de trabalho da Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística

A Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística se reuniu de forma remota, nesta quinta-feira (20/03), e definiu que o primeiro debate do ano abordará a questão da concessão da FCA e a construção da Ferrovia Vitória–Rio (EF-118), que conectará os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, formando o Anel Ferroviário do Sudeste. A proposta é convidar o engenheiro Delmo Pinho, especialista em transporte e mobilidade urbana da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e membro da Câmara, para apresentar uma atualização do projeto de modelagem e ver como o grupo pode contribuir.

Recentemente, a ALERJ criou uma Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses para tratar o tema e produziu um documento para ser entregue ao Ministério dos Transportes defendendo a construção integral da Ferrovia Vitória-Rio EF-118.
A mobilidade urbana é outra pauta que será trazida para o debate da Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística em 2025.

"Poderíamos chamar especialistas para abordarem as concessões do estado, como a das barcas, quem vai assumir a Supervia e até a do metrô, com a nova estação da Gávea”, sugeriu o especialista de Estudos Econômicos da FIRJAN, Diogo Martins.
Ainda de acordo com ele, as condições das estradas do estado estão piorando em comparação com anos anteriores, o que vem sendo comprovado pelo Ranking das Estradas, desenvolvido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

“A estrada que era classificada como ruim agora está como péssima e estão crescendo o número das que estão entre as piores estradas do Brasil. Então, acho que poderíamos pensar em um projeto de lei com a criação de um fundo para a conservação das estradas estaduais, melhorando a logística e a mobilidade”, afirmou.

O estudo da CNT, citado por Diogo, foi desenvolvido em 2024 e analisou as rodovias de todo o Brasil. Entre os 2.651km correspondentes ao estado do Rio de Janeiro, apontou que 13,3% da malha pavimentada estão em ótimas condições, 39,6% em boas, 28% são regulares, 14,7% ruins e 4,4% péssimas. Para saber mais, acesse a pesquisa.

Outra sugestão trazida pelo grupo, foi de trabalhar em cima da Lei Federal Nº 14.301, que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem (BR do Mar), que pode apresentar uma oportunidade para o estado.

“Em 2022, tivemos o lançamento da Lei da BR do Mar, que retoma o incentivo da navegação de cabotagem e o Rio de Janeiro tem um papel central nesse contexto no âmbito nacional. Muitos dos produtos que são utilizados, não só na região Sudeste, mas principalmente no Centro-Oeste, passam através dos nossos portos. Além disso, estamos no meio do caminho, tanto para o Norte quanto para o Sul, incluindo os principais eixos de consumo, então a navegação de cabotagem pode ser um tema interessante para debater junto ao grupo”, finalizou Júlio Loureiro, coordenador da Comissão Especial de Gestão de Turismo do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro.

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