Câmara Setorial de Agronegócios inicia o ano com propostas de painel sobre licenciamento ambiental e tributação do setor

Nesta terça-feira (18/03), a Câmara Setorial de Agronegócios realizou a primeira reunião do ano. Após uma breve retrospectiva sobre os feitos da câmara em 2024, o grupo destacou a importância de colocar em pauta a discussão sobre o marco legal do setor tributário e o licenciamento ambiental para atividades agropecuárias e agroindustriais no estado. As duas temáticas serão debatidas em painéis nos próximos meses.

“Quando você olha os problemas tributários que temos no estado (uma dificuldade que ocorre em todo o país), a guerra fiscal é um problema, mas precisamos olhar para o nosso caso. Se formos para o estado vizinho, Espírito Santo, por exemplo, veremos inúmeras facilidades, e lá os investimentos são mais fortes, em parte devido à questão ambiental. E, quando falo de ambiental, refiro-me muito à questão do licenciamento, outorga de água e outras atividades que enfrentam grandes dificuldades em nossa região por conta dessa questão. Portanto, é necessário trazer realmente o órgão ambiental para dentro da discussão”, salientou Maurício.

De acordo com Marcelo Irineu, professor do CEFET Rio, há uma carência de informações sobre o agronegócios no estado.

“O que me saltou aos olhos do ano passado para cá foi a questão da dificuldade de dados e informações sobre o setor A gente tem informações espaçadas aqui e ali, mas a gente não tem efetivamente dados suficientes para poder pensar em políticas públicas de grande repercussão, uma ação contundente que estimule o surgimento de uma agricultura forte ou ainda de uma Indústria”, explicou.

Diante do exposto, Rodrigo Leite, representante da COPPEAD/UFRJ, se ofereceu para desenvolver um instrumento de pesquisa sobre os temas sugeridos e colocou a instituição à disposição.

Durante a discussão, também foi proposta a criação de uma "força-tarefa" para pensar o desenvolvimento do agronegócio, com o foco na valorização dos agricultores locais.

“Nossas propriedades são pequenas, são propriedades familiares, e nunca seremos grandes concorrentes em relação ao agronegócio do restante do país. A intenção é diminuir nossa dependência externa do agronegócio”, afirmou o Assessor Técnico do Conselho Empresarial de Agronegócios e Bebidas da FIRJAN, Fabrinni Santos.

Para o encontro de abril, os membros definirão os detalhes dos eventos e painelistas a serem convidados.

Para assistir à reunião na íntegra, acesse o Canal do Fórum no YouTube