A Câmara de Tecnologia voltou a se encontrar nesta quinta-feira (17/10) para avaliar o painel realizado em setembro que teve como tema as perspectivas de inovação no Estado do Rio de Janeiro.
Na ocasião, o chefe da Assessoria de Assuntos Econômicos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Rodrigo Ventura, apresentou o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), que mapeou a inovação tecnológica no Brasil, ranqueando o desempenho dos ecossistemas dos estados em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) sob diferentes perspectivas. O Rio de Janeiro ocupa a quarta posição no ranking, atrás de São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
“O resultado do painel na última reunião mostrou que o Rio só não está melhor colocado no IBD por conta de dois elementos, que são logísticas e a segurança pública e não são assuntos propriamente da tecnologia, mas a gente poderia pegar esse gancho para falar de ambiente de negócios para as empresas de tecnologia”, observou La Rovere.
Ela destacou que a partir desta reflexão, é possível sugerir outros temas com base na Lei Estadual de Inovação (Lei nº 9.809/22), que ainda aguarda a regulamentação.
“Poderíamos traçar outras discussões como, por exemplo, o que a lei de inovação representa em termos de avanço para o ambiente de negócios e como melhorar a atração dessas empresas de tecnologia para o estado. A gente poderia também dialogar com a prefeitura, que tem o projeto Porto Maravalley, para reunir empresas de tecnologia na área portuária”, sugeriu.
O representante da EMBRAPA, André Dutra, destacou a importância da legislação estadual de inovação para o desenvolvimento do setor no estado e para que a inovação de fato aconteça.
“Ter uma política pública a nível estadual favorece bastante o ecossistema de inovação do estado. A gente teve avanços, principalmente com os atos normativos na esfera Federal, como o Decreto nº 928 de 3 de fevereiro de 2018, que tem possibilitado as instituições de ciência e tecnologia interagirem mais com o setor produtivo. A gente sabe que a inovação é produto no mercado, nota fiscal. Na EMBRAPA temos realizado bastante esse tipo de parceria, a gente tem tratado muito de inovação aberta fazendo acordos de parceria de pesquisa, desenvolvimento e inovação junto às empresas para o desenvolvimento de novos produtos, novos processos, ou seja, de inovações que realmente vão estar presentes aí no mercado”, concluiu.
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