Os membros da Câmara Setorial de Tecnologia debateram nesta terça (17/09) o ecossistema de inovação no estado do Rio de Janeiro e suas perspectivas. Na ocasião, Rodrigo Ventura, chefe da Assessoria de Assuntos Econômicos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), apresentou o índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), que mapeou a inovação tecnológica no Brasil, ranqueando o desempenho dos ecossistemas dos estados em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) sob diferentes perspectivas.
“O IBID se apresenta como um mapa completo e atual da Inovação no Brasil, um retrato que permite que o país reconheça a sua realidade no campo da inovação, preenchendo assim uma importante lacuna do Sistema Estatístico Nacional”, explicou Ventura.
O objetivo do IBID é identificar as potencialidades e desafios para a inovação sob uma ótica regional, contribuindo para orientar políticas públicas e estratégias corporativas nessa área.
De acordo com os resultados, o Rio de Janeiro ocupa a quarta colocação entre as cinco economias mais inovadores do país, atrás de São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
“São Paulo é o campeão nacional e líder nos sete pilares de inovação e em 40 dos 74 indicadores. Já o Rio de Janeiro destaca-se nos pilares Capital Humano e Economia Criativa, nos quais é vice-líder, além de ficar em primeiro no índice Bens e Serviços Criativos, detalhou.
Ainda segundo Ventura, os cinco primeiros estados do ranking demonstram um desempenho sólido na maioria dos sete pilares, apesar de haver uma volatilidade entre eles.
“A gente observa uma estabilidade somente no tocante a São Paulo, os demais estados apresentam um comportamento mais volátil. O Rio de Janeiro é o 4º em inovação no país, mas não figura entre os sete primeiros no pilar Instituições. Ele é o 2º em Capital Humano, mas é o 4º em Infraestrutura, além de não figurar entre os sete primeiros em Economia. Além disso, o Rio é o 6º em Negócios, assim como em Conhecimento e Tecnologia. Lembrando que no pilar de Economia existem variáveis não só relacionadas ao tamanho da economia em si, mas sobretudo, ao financiamento e investimento direto em Inovação”, concluiu.
Para o representante da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSESPRO), Marco Tulio Castro, o IBID será de grande auxílio nas propostas da Câmara de Tecnologia ao parlamento estadual.
“Esse indicador nacional de inovação é um trabalho muito relevante e pode gerar muitas informações para que a gente possa orientar a tomada de decisões e políticas públicas. Por meio dele vamos poder ver que maneira a gente consegue transformar isso em identificação de necessidades de problemas que demandem ações que estejam dentro do âmbito competência da Alerj”, pontuou.
Durante a reunião, a diretora do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniela Uziel, apresentou as atividades do “Inova UFRJ”, iniciativa que conecta as capacidades da UFRJ com as indústrias e a sociedade na forma de novos produtos, processos e tecnologias para o bem-estar social.
“Somos a maior federal do país, com cerca de 75 mil estudantes e nossa ideia é realmente conseguir interagir cada vez mais com o setor produtivo, sobretudo, do Estado do Rio de Janeiro”, salientou.
Entre as atribuições do Inova UFRJ estão a difusão da Inovação em toda a Universidade, a proteção do conhecimento gerado, a transferência e licenciamento de tecnologias, e a articulação de parcerias entre empresas e a UFRJ, de modo que o conhecimento produzido na instituição possa, de fato, chegar à sociedade.
“A gente estimula a criação de potenciais invenções que podem se desdobrar depois em inovações, protege essas invenções e faz a avaliação para ver para onde ela se destina. O mais clássico que a gente tem feito são as que têm potencial de mercado, então fazemos a negociação, seja ela para uma empresa já constituída ou para uma empresa que está em constituição, a partir da UFRJ”, contou.
“A gente tem essa expertise muito forte na área de óleo e gás, que motivou a criação do Parque Tecnológico, mas temos diversificado cada vez mais, como, por exemplo, a área da saúde que tem crescido bastante”, acrescentou.
A UFRJ é uma das parceiras da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), Organização Social qualificada pelo Poder Público Federal que, desde 2013, apoia instituições de pesquisa tecnológica fomentando a inovação na indústria brasileira.
“A EMBRAPII nasceu para atender a demanda das empresas que realmente vão fazer a inovação chegar ao mercado. A gente costuma dizer que a Inovação só acontece mesmo quando conseguimos comercializar, emitir a nota fiscal”, destacou o coordenador de Relações com o Mercado, da Diretoria de Inovação da EMBRAPII, Rafael Wanderley.
O BNDES também é um dos parceiros impulsionando a indústria brasileira voltada ao desenvolvimento de soluções inovadoras em sete áreas estratégicas. As empresas selecionadas, que podem ser de todos os portes, contam com o apoio de centros de excelência espalhados por todos país e têm acesso aos recursos não reembolsáveis do programa.
Atualmente, o Rio de Janeiro conta com oito instituições de pesquisa que atuam como unidades EMPRAPII (Instituto Nacional de Tecnologia, COPPE/UFRJ, Instituto Federal Fluminense, Instituto TecGraf PUC-Rio, ISI Biossintéticos e Fibras, ISI Química Verde, Centro de Tecnologia Mineral, Institui D'OR de Pesquisa e Ensino).
“Juntas, essas unidades já apoiaram 181 projetos de 146 empresas parceiras de todo o país, com 100 projetos concluídos e 32 pedidos de propriedade intelectual, totalizando R$ 495,78 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento”, citou.
De acordo com Wanderley, o Rio de Janeiro é terceiro estado da Federação em que as empresas mais apresentam projetos.
“Foram 312 projetos apoiados de 151 empresas parceiras, sendo 171 já concluídos. A empresa entra normalmente com 60% do valor e a EMBRAPII e as suas unidades com quase 40% do total. São quase R$ 1,24 bilhão de real em projetos que fomentam a Inovação de empresas do estado”, destacou.
Durante a reunião, a diretora do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniela Uziel, apresentou as atividades do “Inova UFRJ”, iniciativa que conecta as capacidades da UFRJ com as indústrias e a sociedade na forma de novos produtos, processos e tecnologias para o bem-estar social.
“Somos a maior federal do país, com cerca de 75 mil estudantes e nossa ideia é realmente conseguir interagir cada vez mais com o setor produtivo, sobretudo, do Estado do Rio de Janeiro”, salientou.
Entre as atribuições do Inova UFRJ estão a difusão da Inovação em toda a Universidade, a proteção do conhecimento gerado, a transferência e licenciamento de tecnologias, e a articulação de parcerias entre empresas e a UFRJ, de modo que o conhecimento produzido na instituição possa, de fato, chegar à sociedade.
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