Câmara de Desenvolvimento Sustentável recolhe sugestões de temas e palestrantes para compor painel sobre cidades resilientes

A Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável marcou para o fim de setembro a realização do painel “Cidades Resilientes em Foco: Plano de mitigação e adaptação às mudanças climáticas”. Na reunião desta segunda-feira (19/08), o subdiretor do Fórum da Alerj, Frederico Lima, e os demais membros sugeriram pautas e painelistas para a construção do evento.

O conselheiro fiscal da Associação dos Hospitais do Rio de Janeiro (AHERJ), Roberto Miura, sugeriu o abordar a questão do “hospital resiliente” em uma das mesas do painel. A Resiliência em Saúde (RHC) descreve a capacidade de um sistema de saúde ajustar seu funcionamento antes, durante ou após eventos e, assim, sustentar as operações necessárias para assegurar o cuidado aos pacientes.

“Um hospital precisa ser um local de refúgio para abrigar os doentes e ele se torna incapaz de exercer a sua atividade quando não está preparado para os eventos adversos climáticos. Já passamos por isso no Rio de Janeiro e vimos recentemente acontecer no Rio Grande do Sul. A parte de esgoto, lixo e geração de energia de um hospital fica toda no subsolo, quando alaga, tudo fica inutilizado. Precisamos trazer o debate do hospital resiliente para as cidades resilientes dentro desse contexto de alternâncias ambientais que estão por vir”, salientou. Miura também citou que entes como a Defesa Civil e a Sociedade Brasileira de Medicina de Desastre e Catástrofes poderiam ser somados ao debate.

A falta de um preparo eficaz dos estados e municípios para as catástrofes naturais foi destacada pelo conselheiro fiscal da SESCON/RJ Jean Giehl, que demonstrou preocupação com a gestão de riscos e sua mitigação.
“A gente poderia trazer para a discussão a revisão do plano de ação, se é que ele existe, e se a população está ciente. O que fazer se o Rio de Janeiro alagar 700, 800 milímetros, para onde a gente vai se isso acontecer e como os cidadãos e os bombeiros vão agir nessas situações”, questionou.
O representante da UERJ na reunião, Rodrigo Paixão, trouxe a sugestão de nomes de professores do departamento de geografia, arquitetura e geologia que trabalham com a temática para compor o painel como palestrantes.
“Vi que Petrópolis, Teresópolis e, se eu não me engano, Nova Friburgo estão relacionados nessa iniciativa dos municípios e cidades resilientes e poderiam contribuir de alguma forma nesse plano de contingência, assim como a Defesa Civil desses locais”, acrescentou Rodrigo que também indicou abordar a vulnerabilidade social dentro das cidades resilientes.

Ao final do encontro, ficou definido que o painel terá quatro palestrantes e para além de discutir as transformações do clima e as suas consequências, o evento também contribuirá com temas para os grupos de engajamento da Jornada G20 do Fórum da Alerj, semana de debates que acontecerá de 04 a 08 de novembro de 2024, das 10h às 13h.

Mais detalhes da reunião podem ser conferidos no Canal do Fórum no YouTube