A Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística deu continuidade à construção da nota técnica sobre o “Impacto da Segurança Pública na Mobilidade Urbana e na Infraestrutura do Estado". Nesta segunda-feira (26/08), foi criado um grupo de trabalho para analisar os estudos e dados disponibilizados pelas instituições pertencentes à Câmara.
A gerente de mobilidade urbana da SEMOVE, Eunice Horácio, comentou que atualizou os dados de roubos e furtos em coletivos, apresentados na reunião de junho (11/06). Ela propôs que na criação do novo documento fosse incluído também um estudo sobre como a população é afetada pelo problema.
“Precisamos mostrar que não é só a carga, nem só o passageiro, todos estão sendo afetados pela falta de segurança pública. É claro que a gente aqui tem uma visão de transporte, de logística, de infraestrutura, mobilidade e, principalmente, um olhar para as pessoas e devemos focar nisso nas considerações finais. Independentemente se eu estou olhando para o meu caminhão ou para o meu ônibus, eu tenho que olhar para as pessoas que estão ali”, frisou.
Eunice também levantou a questão do vandalismo e como isso impacta na mobilidade urbana.
“Em nossas pesquisas, vimos que todos são afetados e sofrem muito com o vidro quebrado, para-brisa detonado, assento rasgado porque isso aumenta o tempo em que o ônibus fica parado para manutenção, afetando também a qualidade do serviço prestado. Então, a questão da depredação é um ponto que precisamos tocar”, acrescentou.
Para Sérgio Vianna, assessor da presidência da FETRANSCARGA, a criação do material pode contribuir na proposição de novas leis, como no aumento das penas de roubo de carga.
“Tem muita coisa no âmbito federal, mas a gente tem uma bancada federal do Rio de Janeiro que pode ajudar. A Alerj poderia fazer esse ataque na parte estadual, buscando a base federal para nos ajudar, convidando esses deputados federais para que eles se somem a esse trabalho”, sugeriu.
O especialista de Estudos Econômicos da FIRJAN, Diogo Martins, concordou com os apontamentos feitos durante a reunião e apoiou a elaboração da nota técnica.
“É um bom documento para a gente levar à frente. Acredito que juntar passageiros, cargas, para debater segurança pública e ver o que a gente consegue melhorar, incluindo a parte da legislação em um único documento, acho que esse é o caminho”, finalizou.
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