Câmara de Tecnologia irá debater o ecossistema de inovação do estado

A Câmara Setorial de Tecnologia voltou a se reunir na manhã desta quinta-feira (15/08) para definir os temas de possíveis painéis para o segundo semestre. Entre as principais sugestões estão o debate sobre o funcionamento do ecossistema de inovação no estado Rio de Janeiro, a Inteligência artificial e a reforma tributária.

”A gente precisa discutir mais a questão do sistema, principalmente o sistema regional de inovação porque, além de ter pouca articulação na Região Metropolitana entre metrópole e interior, a gente tem ilhas de excelência que não conversam muito entre si. Podemos convidar os reitores das universidades que fazem parte do Fórum para entender como eles estão caminhando na articulação desse sistema regional”, frisou a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Renata La Rovere.

Já Marco Tulio Castro, representante da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSESPRO), reforçou a importância dos temas já levantados e mencionou o índice criado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), contendo métricas a respeito da capacidade inovadora dos estados brasileiros.

“Esse índice pode nos ajudar em um diagnóstico de quais são as forças e fraquezas do Rio de Janeiro no que diz respeito a nossa capacidade inovadora”, disse Castro que ainda pontuou que, a partir da análise cautelosa do índice, é possível traçar planos e pensar em medidas para melhorar o setor da tecnologia no estado do Rio de Janeiro.

Sobre a discussão da inteligência artificial, o representante do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) Marco Pacheco afirmou que é preciso aproveitar as oportunidades trazidas pelo Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, recém-lançado pelo Governo Federal. Com um investimento previsto de R$ 23 bilhões em quatro anos, o plano visa transformar o país em referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público.

“A ideia é que o Brasil não fique atrás do domínio dessa tecnologia que todo mundo usa, mas hoje está restrita a dois ou três países que dominam o seu desenvolvimento. É uma oportunidade de a gente começar esse debate nesse momento inicial para ver se conseguimos trazer para o Rio de Janeiro uma parcela desse investimento. Podemos convidar alguém do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação para falar sobre os caminhos que o Governo Federal irá tomar para a execução do PBIA para possamos pensar em como incluir o estado dentro desse cenário”, citou.

Ao final da reunião, os membros da câmara decidiram dar enfoque primeiro ao debate sobre o funcionamento do ecossistema de inovação no Rio de Janeiro no próximo encontro do grupo, em setembro, e analisar os outros temas sugeridos em seguida.

Assista ao encontro completo no canal do Fórum da ALERJ no Youtube.