Diagnóstico elaborado pela FAERJ e Firjan irá balizar próximo painel da Câmara de Agronegócios

A Câmara de Agronegócios se reuniu nesta terça-feira (06/08) e definiu que o grupo irá estudar o Diagnóstico do Agronegócio Fluminense, documento elaborado pela Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FAERJ) em conjunto com a FIRJAN, para a definição de pautas e estruturação de um painel que contribuam para o desenvolvimento do setor no estado.

O estudo, realizado em 2022 e compartilhado entre os membros da Câmara, busca responder quais são as principais características do agronegócio fluminense e como ele se insere no agronegócio brasileiro.

“Hoje os produtores rurais não chegam a 3% da população do estado. Porém, é preciso enxergar o agronegócio fluminense como uma das alternativas econômicas para a fixação da mão de obra no campo e é papel deste grupo propor no campo político possibilidades de fomento ao setor. Em um estado que produz 80% do petróleo nacional, precisamos convencer os políticos a dar mais atenção para um setor da economia sob pena de acontecer com a agricultura o que vem acontecendo com a indústria, reduzindo cada vez mais a sua participação na geração de emprego e renda”, frisou o presidente da FAERJ, Rodolfo Tavares.

Ele também listou alguns entraves enfrentados pelo setor no estado, como o orçamento da Secretaria Estadual de Agricultura e o fato do Rio de Janeiro ainda não ter um terminal pesqueiro.

“O estado tem mais de 600km de litoral e não tem um terminal pesqueiro para descarregar a nossa produção há mais de 20 anos. A Secretaria de Agricultura tem 0,4% do orçamento do Governo do Estado e o crédito rural chega em volumes muito abaixo do necessário”, destacou Rodolfo.

O consultor setorial da FIRJAN, Ronaldo Martins, que propôs a leitura do diagnóstico, concordou com a importância de debater o orçamento da pasta da Agricultura.

“A agropecuária do Rio tem um papel social significativo, empregando muita gente, e um orçamento muito baixo. Fica o cachorro correndo atrás do rabo. Não se coloca dinheiro porque não tem representatividade e não tem representatividade porque não se coloca dinheiro. Esse é um pleito que a gente pode brigar. Vamos juntar os dados já existentes que possam subsidiar esse pedido de aumento de orçamento que pode ser dobrado para 0,8%”, concluiu Ronaldo.

A reunião pode ser assistida na íntegra no Canal do Fórum no YouTube.