Câmara de Agronegócios elabora documento com pleito à FAPERJ em Defesa do setor no estado

A Câmara Setorial de Agronegócios lançou, nesta quinta (30/11), um pleito à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) em defesa do Agronegócio no estado. A justificativa é que, apesar do Rio de Janeiro estar entre os estados mais urbanizados e ter uma das menores áreas territoriais, a agropecuária tem grande relevância para economias locais e tem encadeamentos importantes com as atividades industriais e de serviços no estado.

“A proposta é solicitar um edital à FAPERJ para fomento do setor do Agronegócio. O objetivo é apoiar e estimular grupos instalados no estado que desenvolvam projetos científicos e tecnológicos visando o desenvolvimento de atividades ligadas às ciências agrárias e que tenham foco na realização de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação de produtos e processos. O intuito é desenvolver um projeto que aborde a diversidade das instituições pertencentes à Câmara Setorial de Agronegócios, atendendo as empresas menores, com ajuda financeira do SEBRAE”, detalhou o consultor setorial da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), Ronaldo Martins.

O documento, que será encaminhado ao gabinete da deputada Tia Ju, segunda vice-presidente da Mesa Diretora da Alerj e responsável pela condução do Fórum, elenca os principais setores do agronegócio fluminense e compila as demandas mais latentes conforme as instituições que fazem parte do Fórum.

Segundo a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), a agricultura familiar tem uma expressiva participação, além das culturas tradicionais como cana-de-açúcar e café. O estado também possui grande representatividade nos produtos olerícolas e da fruticultura, com destaque para o tomate, aipim, alface, banana, citrus e o abacaxi.

Já na pecuária, destacam-se as criações de bovinos para corte e leite e, em sequência, a avicultura para corte e a pesca. Regionalmente, a agropecuária se estende, sobretudo, entre a região Serrana e as regiões Noroeste e Norte Fluminense.

Na agroindústria agrícola, as atividades com maior contribuição para o PIB são a fabricação de bebidas, a confecção de artigos do vestuário de base natural e a fabricação de outros produtos alimentícios (atividade industrial que envolve produtos de panificação, biscoitos, derivados do cacau, massas, especiarias e afins, alimentos prontos e outros). Na indústria de processamento animal, o PIB é gerado preponderantemente pelas indústrias de laticínios e de abate e produtos de carne e pesca.

Demandas

Entre as demandas citadas no pleito estão o apoio aos projetos em andamento, iniciados no final de 2023, para obtenção de Indicação Geográfica de produtos do Estado do Rio de Janeiro, como as tainhas provenientes da Lagoa de Araruama; o palmito de pupunha, de Angra dos Reis; os cafés do Sul Fluminense e o arroz anão, proveniente de Cantagalo.

A transferência de tecnologia para a redução de perdas e desperdícios de alimentos na cadeia produtiva e no sistema alimentar (incluindo pequenos e médios produtores), além da capacitação em boas práticas de fabricação aos empreendimentos e produtores de farinha de mandioca do Norte Fluminense também foram mencionados.

A reunião pode ser assistida na íntegra no Canal do Fórum no Youtube