O "Índice de Relevância Territorial: diagnóstico da estrutura produtiva fluminense", elaborado pela Secretaria estadual de Planejamento e Gestão, foi apresentado nesta terça-feira (22/08) durante a reunião da Câmara Setorial de Formação Profissional e Educação Tecnológica. O estudo deu origem a uma nota técnica que aborda a competitividade no estado do Rio de Janeiro, identificando os setores industriais relevantes e a evolução da estrutura produtiva industrial fluminense desde o ano de 2006 até 2020.
“O mapeamento das concentrações é importante para podermos enxergar a mudança de perfil por região e quais setores são ou deixaram de ser relevantes no Rio de Janeiro com a série histórica”, explicou Guilherme Santos, que apresentou o material durante a reunião junto com Luciana Leis, ambos da SEPLAG.
De acordo com os resultados, apesar do estado ter se mostrado relevante em relação às demais Unidades da Federação em determinados setores, é preciso pensar a competitividade de forma sistêmica, fortalecendo as economias das regiões político-administrativas e observando os potenciais dos territórios.
Também se mostra necessário traçar estratégias que atentem para as sinergias entre a dinâmica das cadeias produtivas e os parâmetros estruturais da política regional e urbana e de inovação. Entre eles estão a situação do mercado de trabalho, natureza da base produtiva, pressão demográfica, formas de ocupação urbana, aproveitamento econômico das diversas bases de conhecimento, possibilidade de desenvolver sistemas regionais de inovação, entre outros.
“Precisamos desenvolver uma competitividade mais autêntica no Rio de Janeiro que não esteja apenas baseada em incentivos fiscais, mas voltada à inovação”, ressaltou Guilherme.
Segundo o professor do CEFET-RJ, Heitor Mendes, o estudo apresentado é muito rico, permitindo muitas análises que podem subsidiar melhorias nas políticas de desenvolvimento produtivo fluminense.
“Seria muito importante sentar com a Firjan para verificar as causas das perdas de relevância em alguns setores e o que fazer para promover o aumento da competitividade industrial no estado e que conjunto de ações encadeadas se faz necessário. Dada a complexidade, não podemos pensar em uma região apenas, mas no conjunto do estado como um sistema produtivo”, afirmou Heitor.
O trabalho é um desdobramento da pesquisa sobre os "Desafios do Emprego" realizado pela professora Renata Lébre Lá Rovere, do Instituto de Economia da UFRJ