Câmara de Energia define captação de gás natural e valorização da indústria nacional como temas prioritários 

Os membros da Câmara Setorial de Energia se reuniram na segunda-feira (24/04) para realizar a primeira reunião do grupo neste ano. Durante o encontro, o representantes das instituições que compõem o Fórum debateram os avanços feitos em 2022 e definiram quais pautas serão prioritárias nos próximos meses. A reunião pode ser assistida na íntegra aqui.

Uma das agendas definidas pelos participantes foi dar continuidade ao tema da rota de gás natural (4B). “O gás representa para o Rio de Janeiro um grande desenvolvimento, até mesmo para a criação de uma indústria de fertilizantes e de energia. Por isso, é importante colocar o legislativo a par do assunto e dialogar com as petroleiras, porque essa iniciativa pode trazer um salto de emprego enorme para o estado”, afirmou Marcelo Dreicon, assessor de estratégia e planejamento da SEPLAG e representante do Sindicato dos Gestores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (GESTRIO).

Ainda sobre a pauta do gás, Pando Angeloff, conselheiro do ICT Sustentável Global, sugeriu que a Câmara também pense em uma iniciativa de captação de gás em lixões e aterros, principalmente os com operação já encerrada. Em complemento, Elvio Gaspar, do Clube de Engenharia, ressaltou que a captação de gás a partir de resíduos sólidos é, inclusive, apoiada pela Lei federal 14.026, que atualizou o marco legal do Saneamento Básico. Dessa forma, o grupo decidiu realizar uma reunião em conjunto com a Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável para tratar do assunto.

Rubin Diehl, do Clube de Engenharia, acrescentou que é importante que os projetos do setor prestigiem a indústria e engenharia nacionais. “Se a gente começa a desenvolver ações que nos obrigam a comprar do exterior, não valorizamos a produção nacional. É preciso uma espécie de diretriz para que todas as iniciativas de energia privilegiem a indústria brasileira, porque ela vai gerar empregos e multiplicar os valores nela investidos de volta para a economia nacional”, apontou.