Fórum da Alerj debate mapeamento de instituições de fomento a negócios de impacto socioambiental

No segundo dia de debates do Seminário de Negócios de Impacto Social e Ambiental, realizado de maneira virtual pelo Movimento Rio de Impacto, um dos temas centrais em discussão foi o mapeamento dos empreendedores e instituições que incentivam iniciativas que geram impacto positivo do ponto de vista socioambiental, bem como os desafios do fomento e do financiamento desses negócios de impacto. O evento desta terça-feira (24/01) reuniu instituições que atuam nesse segmento no Estado do Rio e no Brasil, e foi intermediado pelo Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico.

No painel “Desafios do Mapeamento dos Empreendedores e das Instituições Dinamizadoras dos Negócios de Impacto”, a diretora de Administração e Planejamento no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), Inessa Salomão, fez um panorama do Rio de Janeiro após o início dos trabalhos do Rio de Impacto e do Observatório dos Negócios de Impactos do Rio de Janeiro, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e liderado pelo Cefet.

“Estamos vendo o ecossistema do Rio de Janeiro em franco crescimento. Nós estamos conseguindo enxergar onde estão os dinamizadores, os empreendedores e tudo isso está nos permitindo construir o legado final, que é o Observatório", disse. O objetivo do projeto é desenvolver uma plataforma online que vai oferecer o mapeamento dos Negócios de Impacto Socioambiental no estado do Rio de Janeiro.

Para Geiza Rocha, secretária-geral do Fórum da Alerj e que também é coordenadora do Rio de Impacto, o mapeamento desses empreendimentos é um dos maiores desafios da discussão. ”Há em comum entre o Movimento Rio de Impacto e o Observatório o objetivo de mapear e de chegar até os empreendedores, de entender como as políticas públicas estão acontecendo no território. A gente tem um desafio que é a integração de informações, levando em consideração o receio do compartilhamento de dados. Esse é um ponto que acaba desacelerando o processo, porque é preciso passar por essas etapas”, apontou.

Um dos empreendimentos de destaque no painel “Destravando o financiamento da Economia Circular na América Latina e Caribe – O catalisador para uma mudança positiva” foi o da sócia fundadora do Restaurante Oliva, Eva Schvartz. O restaurante foi fundado há seis anos no centro do Rio e atualmente tem mais duas unidades em Botafogo e no Leblon, bairros da Zona Sul da cidade.

“Somos um restaurante de comida leve e priorizamos produtos orgânicos e fornecedores que estejam próximos dos restaurantes. O nosso diferencial são as embalagens retornáveis. Nós não usamos plástico de uso único para as embalagens, então as nossas saladas e bolos são entregues em embalagens de alumínio. A grande dificuldade é engajar o público a ter essa mentalidade de reutilização para a preservação do planeta”, comentou Eva.

 

 O seminário completo pode ser assistido na íntegra clicando aqui.

 

 Texto: Juliana Mentzingen / Comunicação Social da Alerj