Fórum coordena seminário sobre os desafios dos Negócios de Impacto Socioambiental

O Movimento Rio de Impacto realizou, nesta segunda-feira (23/01), o primeiro dia do Seminário de Negócios de Impacto Social e Ambiental. Com cinco painéis de debate, o evento on-line abordou os desafios do fomento e do financiamento dos negócios de impacto e reuniu instituições que atuam nesse segmento no Brasil e no Estado do Rio. O encontro foi intermediado pela secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico, Geiza Rocha. O primeiro dia do Seminário pode ser assistido na íntegra clicando aqui.

O Rio de Impacto foi criado em 2016 e reúne organizações do Estado do Rio que facilitam e fomentam políticas de apoio aos empreendedores, conectam e apoiam a aproximação entre os protagonistas do ecossistema de impacto. “O Rio é o segundo estado do país a possuir uma lei que prevê a criação de um comitê responsável por instituir uma política estadual de investimentos e negócios de impacto. Os negócios de impacto são empreendimentos com o objetivo de gerar efeito socioambiental e resultado financeiro positivo de forma sustentável, explicou Geiza.

O diretor de Tecnologia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Maurício Guedes, comentou sobre alguns dos projetos financiados pela instituição. “Desde 2019 nós lançamos duas edições para empreendimentos de impacto onde a gente financia tanto empreendimentos como instituições organizadoras. Nós temos um projeto que é a favela inteligente, o conceito de smart city levada para as comunidades carentes no Rio. É um projeto piloto que estamos desenvolvendo na Rocinha", disse.

Como uma das opções possíveis de financiamento de empreendimentos, foi apresentada a proposta do Projeto Acredita, que atua impulsionando pessoas e negócios através do microcrédito, da capacitação e do acompanhamento das atividades. Um dos projetos contemplados pelo banco foi o Ateliê da Ge, criado pela artesã Germana Alves, que contou que o maior desafio foi a falta de conhecimento para a gestão do seu negócio.

“Na rede Asplande - incubadora de capacitação voltada à empreendedores - eu entendi que eu não era só uma artesã, era uma empreendedora. Mas chegou num ponto em que eu me deparei com algumas questões que na vida a gente não aprende na escola. O brasileiro empreende muito no peito e na raça, mas sem nenhum conhecimento. Meu maior desafio foi a gestão financeira e acredito que seja 99% dos empreendedores. O projeto do banco Acredita que me deu todo o suporte, estrutura e orientação para que isso acontecesse", comentou Germana.

Os debates seguem nesta terça-feira (24/01), das 9h às 13h30, com a seguinte programação: 

          

 

 Texto: Juliana Mentzingen / Comunicação Social da Alerj