A secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Rio, Geiza Rocha, representou a instituição no IV Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo realizado nesta quinta-feira (27/10) pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).Geiza Rocha integrou a mesa que debateu a transformação digital do setor e ressaltou os esforços realizados pelo parlamento estadual para capilarizar a inovação na cadeia produtiva fluminense. Para assistir na íntegra, clique aqui.
“Este evento tem como objetivo aproximar os diferentes atores da sociedade em prol da inovação no Turismo. É um nicho de mercado que pode ser muito fortalecido, neste momento, pós vacinação'', explica Paola Lohmann, pesquisadora do Núcleo de pesquisa em Turismo da UnigranRio.
Geiza Rocha lembrou que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) manteve reuniões periódicas com o setor turístico durante a pandemia por meio da câmara setorial que trata do tema no Fórum de Desenvolvimento do Rio. ” Ao longo das discussões da Câmara Setorial de Cultura, Turismo e Esportes, nós observamos a transformação do setor durante a pandemia: todo mundo foi obrigado a se entender nas plataformas digitais. Os eventos ficaram estagnados, então houve uma necessidade também de conectar pessoas globalmente para falar e pensar o futuro” , destacou a secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico.
De acordo com Geiza Rocha foi possível observar que os setores mais organizados conseguiram transformar os desafios trazidos pela pandemia em oportunidades. “ Um exemplo foi o Vale do Café, que se reuniu para pensar um conjunto de atrações históricas, culturais e de paisagens rurais que poderiam ser oferecidas. Esse esforço permitiu que os estados próximos e o carioca passassem a olhar o nosso interior como opção turística. Nesse sentido, a internet se tornou um espaço de encontro e de compartilhamento de boas práticas no setor”, destaca.
Durante a pandemia o Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Rio realizou, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), um seminário sobre as paisagens rurais fluminenses.Além do encontro foram lançadas páginas nas redes sociais sobre o tema, em que foi possível recolher contribuições da sociedade civil para o levantamento. Este esforço vai gerar um atlas das paisagens rurais fluminenses, sob coordenação do geógrafo Glaucio Marafon, da UERJ “ Os três dias de evento geraram 4.719 visualizações no Youtube, com 29 painelistas contando tudo o que estava acontecendo no interior do estado” revela Geiza Rocha
Fundadora da startup "When in Rio”, um mapa digital que articula o roteiros turísticos da capital, Manuela Hollos destaca que a digitalização estimula a divulgação de aspectos do Rio que são pouco conhecidos entre os turistas e que podem estimular novas cadeias de serviços. “A nossa proposta é ampliar o olhar do turista para negócios locais, artistas independentes. Existe uma infinidade de possibilidades para nichos específicos”, pondera.
Professor da universidade Hamad Bin Khalifa, no Catar, Breno Menezes destaca que a sede da Copa do Mundo de 2022 encara a digitalização, a gestão e a tecnologia como valências-chave para o turismo em grandes eventos. Ele destacou que o governo do Catar está investindo na criação de modelos preditivos estruturados por inteligência artificial com o objetivo de antecipar problemas de infraestrutura.“ A gente espera um incremento de 50% da população durante os jogos, algo inédito no mundo. Estamos usando “ machine learning" para processar os dados e verificar falhas de infraestrutura e organização”, explica.
Gestora de Estratégia de Marca e Design da Superunion WPP, Raquel Sztejnberg avalia que o turismo de experiência envolvido pela digitalização é uma tendência que já se manifesta no mercado. “É importante pensar as tendências como elementos que nos informam, nos inspiram mas não necessariamente são permanentes. Novos formatos, significados e dinâmicas vão impregnar as relações entre as pessoas e entre as pessoas e as marcas”, detalha.