Alunos do curso de Ciência Política da UNIRIO visitam a Alerj

Alunos do curso de graduação em Ciência Política da UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no dia 07 de outubro, numa visita guiada pelo Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Estado, para conhecer o funcionamento do Legislativo Estadual e as mediações realizadas entre o poder público e a sociedade civil. Os estudantes visitaram os gabinetes dos deputados e participaram de uma palestra com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituições componentes do Fórum da Alerj, que deixaram aos estudantes uma importante mensagem: a habilitação específica em Ciência Política está sendo cada vez mais reconhecida pelo mercado de trabalho e as oportunidades estão em expansão.

A palestra sobre o papel das relações institucionais no Legislativo foi realizada no auditório da Escola do Legislativo (ELERJ) e reuniu a secretária-geral do Fórum da Alerj, Geiza Rocha, a Gerente Jurídica da Firjan Tatiana Abranches, a pesquisadora da Embrapa, Petula Nascimento e Jorge Sequeira, gerente de relações institucionais do IBP.

Geiza Rocha recebeu os estudantes, lembrando que a visita deles é parte importante da missão do Fórum da Alerj, que visa ao estabelecimento de um canal de diálogo e sensibilização entre a sociedade e o Legislativo, num esforço contínuo que hoje traz ao cotidiano da Alerj 70 instituições do setor produtivo, organizadas em câmaras setoriais, que apoiam, acompanham e participam da formulação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico do estado.

“A interlocução com a sociedade civil permitiu algumas conquistas importantes, como o primeiro marco legal da inovação, que em 2022 está sendo aprimorado em parceria com a Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj; a Carta de Serviços Públicos ao Cidadão; a Exclusão do setor de laticínios do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal. Para manter o diálogo permanente fazemos eventos abertos ao público, aceitamos sugestões de temas e pautas importantes e estamos sempre atualizando nosso site e nossas redes sociais para que todos possam acompanhar”, enumera a secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Estado.

Pesquisadora da Embrapa, Petula Nascimento ressalta que a colaboração com cientistas políticos permite à Embrapa aperfeiçoar as relações com outros setores.

“O olhar da Ciência Política fornece uma análise do cenário político-institucional que nos permite uma atuação mais efetiva. Por exemplo, durante a tramitação da Lei Geral de Proteção de Dados a gente pode perceber e atuar sobre parágrafos que tratavam do levantamento de dados obtidos pela observação de drones, mantendo o acesso para propósitos de ensino e pesquisa” , relata.

Gerente Jurídica da Firjan, Tatiana Abranches avaliou que a expertise em Ciência Política é fundamental para o relacionamento do setor produtivo com o Estado. “Mantemos sempre atualizada uma base com as informações dos nossos stakeholders, de modo que sabemos quem procurar para tratar de determinados temas, com critérios que variam entre: relevância do parlamentar em determinada região e município do Estado; sensibilidade com a temática tratada; relevância política do parlamentar naquele cenário”, descreve Abranches.

Gerente de relações governamentais do IBP, Jorge Sequeira explica que manter relações com o parlamento é importante, porque o setor de petróleo e gás é muito complexo e muito afetado pelo ambiente normativo e regulatório. “É um setor muito árido, muito complexo, o que gera desconhecimento. Na Alerj, por exemplo, os deputados têm que legislar sobre tudo: desde nome de rua até a tributação do setor de óleo e gás. Então nosso papel é trazer a contribuição técnica do setor”, avalia.