Rio de Impacto estuda promover rodadas de negócios para empreendedores de impacto do estado

A promoção de rodadas de negócios para os empreendimentos de impacto é umas das novidades das instituições que fazem parte do Movimento Rio de Impacto para 2022. A sugestão foi dada nesta terça-feira (26/04) durante o encontro do grupo para apresentar o calendário de ações das entidades para esse ano. A reunião aconteceu de forma remota e pode ser assistida na íntegra no canal do Youtube do Rio de Impacto.

A proposta foi feita pela responsável pela área de Cultura Empreendedora do Instituto Gênesis da PUC-Rio, Lara Frigotto.

“A ideia é atrair grandes empresas aproveitando o contato das instituições dinamizadores que fazem parte do Rio de Impacto. Será uma oportunidade dos negócios de impacto de apresentarem aos investidores interessados em conhecer mais sobre o setor e aportar, já que a necessidade de investimento é enorme”, detalhou.

Entre as sugestões está a de aproveitar a expertise do Sebrae na preparação das rodadas de negócios para que as conexões levem ao fechamento de contratos no mesmo dia ou posteriormente e que elas façam parte da programação do seminário anual que o Rio de Impacto realiza no segundo semestre.

Outra frente que o grupo irá participar esse ano é no projeto de construção do Observatório dos Negócios de Impactos do Rio de Janeiro, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e liderado pelo ITES/Cefet.

“Os bolsistas já estão trabalhando dentro do projeto e o recurso já está disponível. Queremos fazer reuniões mensais com o grupo de trabalho e esperamos que na próxima semana já tenhamos uma proposta preliminar de termo de cooperação entre as instituições”, afirmou Inessa Salomão, do Cefet.

Durante a reunião, a analista de projetos de impacto social do Sebrae/RJ, Juliana Oliveira detalhou as iniciativas da entidade para esse ano.

"Estamos com uma agenda de atividades bem intensa para 2022. Em junho vamos lançar o nosso edital feito em parceira com a Fundação Grupo Boticário, que é o Programa Natureza Empreendedora que vai para a sua segunda edição. É uma programa de aceleração para iniciativas que resolvam algum problema relacionado com a conservação da bacia hidrográfica da Baía de Guanabara. O programa desse ano será em estilo funil. A primeira fase será aberta a todos os projetos que cumprirem os requisitos e serão selecionados 15 negócios com potencial para serem acelerados na segunda fase que concorrerão a uma premiação ao final. Além disso, temos o Impacta, programa de aceleração do Sebrae-Rio direcionado para negócios já formalizados, que será lançado em julho. Vamos oferecer 40 vagas para todo estado nesse programa que é todo online e vai rodar de agosto a dezembro", citou.

Segundo Juliana, outro evento que o Sebrae organizará entre julho e agosto será a Maratona de Ideias de Impacto, uma espécie de hackaton para estimular o desenvolvimento de novos negócios de impacto, assim como o lançamento de 6 novos episódios de podcast sobre a temática em agosto.

O Instituto Gênesis também apresentou a sua agenda de trabalho que contará com quatro projetos voltados aos negócios de impacto.

"Estamos rodando o Furnas PGI nesse momento em que apoiamos 8 projetos de impacto da região de Angra dos Reis, fazendo também uma capacitação de até 150 pessoas para educação empreendedora, entendendo que é importante levar esse conhecimento para além da geração de negócios. Estamos encontrando dificuldades na divulgação e precisamos entender quais são essas barreiras de entrada com poucos inscritos tanto na capacitação quanto na inscrição do programa. Teremos também o programa de empreendedorismo de impacto, do qual rodamos dois ciclos ano passado e teremos mais dois esse ano. Queremos atingir 450 pessoas numa parceria com a coordenação de empreendedorismo da PUC-Rio para serem capacitadas para o desenvolvimento de projetos e depois selecionaremos 10 projetos em cada ciclo para serem acelerados. Outra iniciativa é o projeto Ideias, com a Anprotec, do qual estamos selecionando as empresas que participarão do 3o ciclo", enumerou Lara Figotto, que também destacou a transferência de conhecimento para o projeto Jump, incubadora da comunidade da Rocinha, por meio de um edital da Faperj.