Câmara de Formação Profissional avança na criação de Observatório de Educação à Distância

Com o objetivo de combater a evasão escolar, reunir, conhecer e otimizar aprendizados e experiências pedagógicas adquiridas na pandemia à Câmara de Formação Profissional e Educação Tecnológica articula com as instituições integrantes a criação do Observatório Fluminense da Educação a Distância. Em reunião realizada nesta quarta-feira (08/12), o grupo decidiu que o espaço reunirá dados e artigos sobre o cenário educacional do estado. A reunião pode ser assistida clicando aqui.

“Queremos reunir dados e artigos relacionados à Educação do nosso estado. Do ponto de vista metodológico propomos uma atuação baseada na pesquisa-ação buscando promover transformações, ir efetivamente aos espaços para ouvir como as pessoas pensam suas práticas e quais são as demandas de cada região”, ponderou o professor do departamento de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ezequiel Rodrigues.

A professora Irene Barcelos do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) destacou a importância do Observatório incorporar como parte de sua visão institucional a redução da evasão escolar. “ É importante que no observatório a gente faça um diagnóstico sobre a situação dos alunos e o desenvolvimento de ações de permanência que recuperem os alunos que estão saindo das escolas”, reflete.

O professor Heitor Mendes, também do CEFET considera que o Observatório pode estruturar um núcleo de pesquisa sobre educação a distância com viés propositivo com a missão de aperfeiçoar as práticas pedagógicas. “Podemos criar um grupo de pesquisa para eliminar as lacunas existentes no processo atual de educação a distância”, avalia.

Vinícius Canedo, representante do Sindicato das Escolas Particulares do Rio (Sinep) destaca a importância de segmentar as experiências de ensino e estar atento às novas tendências da área educacional. “É preciso segmentar o trabalho do Observatório porque cada nível de ensino tem necessidades diferentes. A realidade do Ensino Fundamental , nem sempre pode ser replicada no Ensino Médio, por exemplo. Também precisamos ter um olhar de médio a longo prazo para as profissões do futuro, que na verdade, não está tão distante”, argumenta.

Consultor em em Gestão em programas de formação e educação à distância, Paulo Milet, avalia que a mudança do processo educacional com as ferramentas contemporâneas de ensino a distância não afetará apenas o público escolar. O público adulto também terá que desenvolver novas competências que acompanhem as mudanças. “ As profissões vão mudar e os adultos vão ter que se requalificar. Então, é preciso incorporar o adulto no nosso observatório numa perspectiva de aprendizado constantes”, destaca.