Rio em Foco traz novidades do Censo 2022 e aborda importância do diálogo com os municípios

A coleta de dados do Censo Demográfico de 2022 do IBGE terá início no dia 01 de agosto e no estado do Rio serão mais de 16 mil recenseadores em campo. A pesquisa ocorre a cada 10 anos e deveria ter sido realizada em 2020, mas foi adiada por causa da pandemia. No Rio em Foco desta segunda-feira (28/02), o coordenador operacional do Censo no estado do Rio de Janeiro, Gabriel Barros, fala sobre o impacto deste trabalho nos municípios e toda a preparação que envolve essa operação.

“O corpo técnico do IBGE cresce muito com o Censo. É uma mão de obra temporária, porém indispensável para a realização desse trabalho. O recenseador é o contato direto do IBGE com a população e representa o órgão durante aquele período”, salientou Gabriel.

A contribuição dos municípios para que seja feito um retrato fiel e abrangente de todo do Brasil foi destacada por Gabriel. Segundo ele, as informações sobre as características demográficas e socioeconômicas do país são essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e também para avaliar a efetividade das ações colocadas em prática na última década.

“O Censo é a única pesquisa que recolhe dados de todos os municípios do país e não apenas das capitais. Os gestores municipais têm um papel fundamental, tanto no apoio logístico e disponibilização de espaços e salas, por exemplo, mas principalmente na conscientização da população e divulgação”, explicou o coordenador.

O diálogo e a parceria entre prefeituras e IBGE são fundamentais para a execução das atividades, e o principal canal de comunicação disponível são as Reuniões de Planejamento e Acompanhamento do Censo (REPACS). O objetivo principal das reuniões é propiciar a participação da comunidade local, dando transparência à operação censitária no município.

“Durante todo o Censo são realizadas três REPACS. Uma antes do início da coleta, outra no meio e a última após. Até o momento já realizamos a primeira em 87 municípios fluminenses, restando apenas cinco nesta etapa”, contou.

Além do Censo, o IBGE realiza a pesquisa sobre as Características urbanísticas do entorno dos domicílios, que se inicia um mês antes da coleta dos dados demográficos. Ela traz informações como a presença de iluminação pública, pavimentação, arborização, bueiro/boca de lobo, lixo acumulado, esgoto a céu aberto, meio-fio ou guia, bem como calçada e rampa para cadeirante, além de informações sobre os domicílios particulares permanentes e moradores, segundo condição de ocupação, adequação das moradias, rendimento, sexo do responsável, grupos de idade e cor ou raça da população.

“Nesta pesquisa não são feitas perguntas, ela é baseada em observação direta do supervisor. É o complemento perfeito para as entrevistas sociodemográficas e com isso ter o retrato completo tanto da população quanto da vizinhança. Ela está diretamente ligada ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 11 da Agenda 2030, que trata sobre as cidades e comunidades sustentáveis”, finalizou.

Fórum Capacita

Em 2021, o Fórum Estratégico de Desenvolvimento do Estado do Rio realizou o Fórum Capacita, um workshop que reuniu técnicos para falaram sobre as inovações do Censo 2022. Dentre as novidades que os profissionais apresentaram para esta edição, está a inclusão de dados sobre o autismo e da comunidade quilombola.

“É um ganho grande no quesito de identificação e representação dessas pessoas no Brasil”, afirmou Gabriel.

O Rio em Foco é exibido às segundas-feiras, às 22h, na TV Alerj (canal UHF 10.2 e 12 da NET) com reprises no sábado (05/03), às 17h, e domingo (06/03), às 20h. A partir de terça-feira (08/03) o programa fica disponível no canal do YouTube do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio e no podcast “Quero Discutir o Meu Estado”, disponível nas principais plataformas de streaming.