O Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro realizou, nesta quarta-feira (09/02), sua reunião geral que colheu sugestões para contribuir com o desenvolvimento econômico do estado em 2022. Dentre os temas mencionados estão a reindustrialização, o metaverso e a transformação digital, assim como a conectividade; a celebração da década dos oceanos da ONU junto com a economia do mar, as oportunidades das concessões das estradas federais do estado, além dos desafios da saúde e educação na pandemia.
“O Rio de Janeiro tem o segundo maior mercado consumidor do país e estamos em sexto lugar no ranking de industrialização. Precisamos trabalhar para que o estado volte a ter importância no cenário nacional por meio da reindustrialização”, frisou o vice-presidente da Rio Indústria, Gladstone Santos Junior.
Para a assessora de tecnologia da Faperj e professora da PUC-Rio, Ruth Mello, o Fórum tem uma grande contribuição para a construção de políticas estruturais “Em tempos pandêmicos, seria bom pensarmos em estratégias para melhorar a situação da população em vulnerabilidade que fossem além do auxílio emergencial”, disse.
Outro assunto que esteve em pauta foi a mobilização da sociedade civil para a Conferência Rio 2030, evento internacional que visa à aceleração dos objetivos da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), previsto para junho deste ano, e que conta com a contribuição e participação do Fórum.
“Nós realizaremos uma reunião para informar aos grupos que se mobilizaram no ano passado para promover a conferência Rio 2030, sobre o que aconteceu de lá pra cá e explicar a forma como podem participar neste estágio de organização do evento em comemoração aos 30 anos da ECO-92”, destaca a secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Estado, Geiza Rocha.
Durante o encontro virtual, que reuniu os representantes das 64 instituições que compõem o Fórum, como universidades, setores da indústria, comércio e serviço, também foram apresentados os resultados do trabalho do Fórum no ano passado. Em 2021, foram realizadas 39 reuniões virtuais, em suas oito câmaras setoriais e dois grupos de trabalho, e 40 eventos. A agenda de concessões ferroviárias, aeroportuárias e rodoviárias, a expansão da conectividade no estado a partir do leilão do 5G, a importância do marco legal de inovação e a agenda comum de desenvolvimento do setor de bebidas foram alguns dos assuntos abordados. Todas essas ações resultaram na expansão da visibilidade das redes sociais e plataformas digitais do Fórum e alcançaram 21.395 pessoas.
O ano também foi marcado pela entrada de cinco novas instituições no rol de entidades que compõem o Fórum e pela aproximação com os municípios fluminenses para debater a criação do Fundo Soberano do Estado, que reúne recursos provenientes da exploração de petróleo e gás.
“O ano de 2021 foi um ano em que fomos aos municípios. Nós começamos um debate sobre a criação do Fundo soberano, um projeto de lei apresentado pelo presidente da Alerj e do Fórum, deputado André Ceciliano. Além disso, tivemos edições do “Fórum Capacita” mobilizando diversas cidades, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio (CRC-RJ), detalhou a secretária geral da entidade.
Logo após o Carnaval, o Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro dará início à agenda de reuniões mensais das câmaras setoriais. A ideia é traçar o planejamento e consolidar temas que serão debatidos ao longo do ano, além de validar o cronograma de trabalho para 2022.
“As câmaras setoriais e grupos de trabalho do fórum são um espaço para transformar informações estratégicas em conhecimento para facilitar a tomada de decisão pelo Poder Legislativo. Em março de 2022, nós daremos início às reuniões mensais desses grupos. “Vamos submeter o calendário anual de encontros e os respectivos temas sugeridos para aprovação dos membros”, finalizou Geiza Rocha