Parceria entre UFRJ e MIT oferece 105 vagas para formação de empreendedores na área de energia

Uma parceria entre o Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) oferece 105 vagas para um programa gratuito de formação profissional e pré-incubação de empreendimentos voltados para empreendedores, estudantes e pesquisadores. O objetivo é gerar inovações em larga escala para os setores de energia e sustentabilidade. As inscrições estão abertas até o dia 06/12 e podem ser realizadas por meio do preenchimento de formulário disponível no site EnergInn by MIT.

A iniciativa, batizada de EnergINN, tem o objetivo de ser o maior e mais completo programa de formação de empreendedores, criação de startups e geração de provas de conceito do mundo em energia e sustentabilidade e foi apresentada em reunião conjunta das Câmaras de Energia, de Tecnologia e de Desenvolvimento Sustentável do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Rio. “A ideia é que esse programa seja contemplado em seu primeiro ciclo de nove meses, em 2022, para 105 residentes selecionados. Pretendemos transformar o Rio numa espécie de Vale do Silício da energia e sustentabilidade. A transição energética vai levar a uma descentralização no segmento de geração, o que vai abrir uma grande oportunidade para que várias startups se estabeleçam com soluções inovadoras”, explica o professor Marcus Vinícius da Fonseca, coordenador do projeto e pesquisador da COPPE/UFRJ.

A participação está aberta a pessoas e iniciativas de qualquer lugar do mundo e é um dos projetos que faz parte do MIT REAP (Regional Entrepreneurship Acceleration Program) que deve reunir além da UFRJ, outras universidades, bem como as maiores empresas do setor de energia. "A ideia é formar empreendedores com visão de base tecnológica para que a gente possa efetivamente agregar competitividade ao ecossistema fluminense de energia e sustentabilidade”, avalia o pesquisador.

De acordo com o professor Marcus Vinícius da Fonseca, as oportunidades de financiamento estão sendo estruturadas, mas faltam iniciativas ligadas à área de Energia. Segundo ele, entre mais de 13 mil startups mapeadas no Brasil, apenas 1,5% delas propõe inovações para o setor de energia. "Se hoje empresas como Furnas, Vibra e Petrobras lançarem fundos de capitais de risco, certamente não teremos startups capazes de absorver estes recursos. Este panorama nos leva a fomentar todas as escalas de ideação para colocá-las dentro de um viés de geração de protótipos e de modelos de negócio para que, em sequência, a gente consiga trilhar os outros níveis tecnológicos necessários para colocar alguns destes produtos, processos, ou serviços no mercado”, detalha Marcus Vinícius da Fonseca.

A formação incluirá um curso básico de empreendedorismo, uma mentoria técnica para utilização da infraestrutura laboratorial, uma trilha de desenvolvimento de soft skills e uma mentoria voltada para negócios. "Nosso objetivo é assegurar uma visão global dos desafios que os empreendedores estão prestes a enfrentar”, esclarece Fonseca.