Fundo de transformação social contribui para o avanço de negócios de impacto durante a pandemia

O fundo de transformação social ManoaMano, criado durante a pandemia para fomentar e formar nano e microempreendedores das periferias do Rio de Janeiro, esteve em pauta nesta quarta (27/10) durante a 15ª edição da Roda de Conversa com empreendedores de impacto. Além de detalhar a iniciativa, o bate-papo apresentou dois negócios de impacto beneficiados pelo fundo. Para assistir ao encontro na íntegra clique aqui.

Com objetivo de oferecer suporte financeiro, formação e consultoria em gestão para o aperfeiçoamento dos empreendimentos, o Mano a Mano é fruto de uma parceria entre as instituições Ashoka (Asplande, Saúde Criança, Luta pela Paz, Gastromotiva) e a UFRJ.

“Esse fundo foi criado como uma resposta à pandemia, fortalecendo e dando suporte aos pequenos empreendimentos. É a universidade indo para fora dos muros, oferecendo formação e consultoria em gestão para o aperfeiçoamento de iniciativas que contribuam para a geração de renda. No momento a capacitação está voltada para controle das finanças e com foco nas vendas digitais por conta da pandemia”, explicou a professora da UFRJ Rita Afonso. O programa está na terceira edição e conta com uma capital semente de 2.500 reais.

“Mesmo sendo flexível, o valor precisa ser aplicado diretamente no trabalho.  Parece pouco, mas faz muita diferença na vida desses empreendedores”, afirmou.

Outra vertente na iniciativa está na formação de redes para reunir mulheres e compartilhar conhecimento. Elaine Freixo, da Freixo Artes, e Vanessa Sant Ana, à frente da Alecrim Gastronomia Saudável foram contempladas com o fundo e participaram da capacitação. Elas destacam a importância das conexões quando as medidas de distanciamento social paralisaram os negócios.

“A rede foi essencial para suportar as perdas, enfrentar as dificuldades e percebermos que não estamos sozinhas”, frisou Elaine.

“Poder trocar com outras pessoas que estavam vivenciando a mesma coisa, dividir dores e alegrias fez toda a diferença”, reforçou Vanessa que viu também no momento de dificuldade uma oportunidade.

"Eu ainda estava de forma tímida nas redes sociais e acabou sendo uma virada de chave coma ajuda e o olhar da academia para o meu negócio, passei a pensar mais estrategicamente. Houve também uma valorização da alimentação com consciência sustentável durante a pandemia e foi uma oportunidade de educar o cliente sobreo reaproveitamento dos alimentos e refeições saudáveis”, observou.

Elaine faz coro ao discurso da companheira de rede.

“Esse processo me fez perder o medo do novo. Estou bem mais organizada no meu negócio e tentando abrir outras frentes de trabalho fazendo parcerias com outras mulheres da rede. Essa iniciativa me mostrou que somos capazes e não estamos sozinhas, tem quem nos dê as mãos”, completou.