Pioneira no estímulo aos negócios de impacto socioambiental, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) acaba de lançar um novo edital que prevê investimentos de R$5 milhões no fomento ao setor. O tema foi abordado nesta terça (06/07) pela assessora da Diretoria de Tecnologia da Faperj, Ruth Mello, durante uma live no Instagram do Movimento Rio de Impacto.
“O Rio de Janeiro se destaca no Brasil não só pela aprovação do marco legal para os negócios de impacto na Alerj (Lei nº8.571/2019), como somos vanguarda também entre as agências de fomento no apoio e acompanhamento desse ecossistema”, contou.
Este é o segundo edital da Faperj voltado especificamente a esse modelo de negócios. De acordo com Ruth, poderão se candidatar pessoas físicas ligadas a um negócio já estruturado e entidades dinamizadoras como universidades, incubadoras e aceleradoras.
“A gente quis fazer um edital para quem já está posicionado no setor, porque já tem muita oferta para quem está começando. São elegíveis pessoas físicas à frente de empreendimentos de impacto que já estejam atuando e medindo seus resultados, ou então ligadas a agentes econômicos que estejam contribuindo para fortalecer os atores desse ecossistema”, explicou.
São R$500 mil para entidades dinamizadoras, de apoio, e R$250 mil para os empreendedores de impacto, ambos para projetos de dois anos. O edital ficará aberto até o dia 26 de julho.
“O prazo é curto porque a gente quis garantir que a primeira parcela desse recurso seja paga ainda este ano. Serão duas parcelas, metade no ato da assinatura e outra após a entrega e avaliação do relatório técnico, cerca de um ano depois ”, detalhou.
Segundo Ruth, a orientação para esse edital é para projetos que contribuam para resolver problemas estruturantes do Rio de Janeiro que o Estado não dá conta de resolver.
“Estamos com um olhar especial para as favelas e periferias e queremos atender empreendimentos que atendam esses locais. Outra dica é que um dos pesos importantes nesse edital é o quanto aquela instituição está coordenada com o ecossistema. Queremos, fortalecer os atores coletivos que lidam com o empreendedorismo social. Não importa qual sujeito coletivo você está associado, o importante é dizer qual é e quão ativo você é. É isso que vai impactar o processo decisório”, concluiu.
O Movimento Rio de Impacto é formado por instituições atuantes no mercado fluminense que se reuniram, sob coordenação do Sebrae-RJ com o objetivo de fomentar o ecossistema de negócios de impacto social e ambiental. A iniciativa, criada em 2016, conta com a colaboração das seguintes instituições: AbeLLha, Asplande, Buriti Consultoria, Colaboradora, Instituto Ekloos, Faperj, Iônica, Sebrae RJ, Sitawi – Finanças do Bem, Universidade Santa Úrsula, Instituto Gênesis (PUC-Rio), Sistema B, Oi Futuro/Labora, CIEDS/ Shell Iniciativa Jovem e ESDI – Incubadora da Escola de Design Industrial da UERJ. A Alerj compõe o grupo desde a sua criação, por meio do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Rio, que passou a coordenar o movimento em 2020.