Fórum participa de debate sobre a Agenda 2030 e os desafios para o empreendedorismo no estado

O Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico participou na terça (29/06) da Jornada 2030 de Negócios e Gestão do Turismo no Estado do Rio de Janeiro. A iniciativa do CEFET/RJ, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), apresentou projetos e ações de empreendedorismo turístico sustentável desenvolvidos com potencial de inovação e geração de impactos positivos, além de palestras e produções técnicas e científicas sobre o tema.

Durante o painel virtual “A agenda 2030 e os desafios para o empreendedorismo e a inovação no estado do Rio de Janeiro'', a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, abordou o trabalho desenvolvido pelo órgão, principalmente no que tange às questões da sustentabilidade. Ela destacou o papel de diálogo e de aproximação do Fórum a partir da interação entre academia, setor produtivo e o Poder Legislativo.

“Hoje o Fórum é composto por 63 instituições e tem essa função de implementar parcerias em prol do desenvolvimento sustentável do estado, trabalho que está diretamente relacionado ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 17. Procuramos saber como as instituições lidam com a temática e as inovações que estão ocorrendo para a disseminação das boas práticas”, explicou Geiza.

A implementação dessa agenda na administração pública também foi mencionada por Geiza como um processo contínuo e de aprendizado permanente. “Todos precisam sair da sua zona de conforto em busca de novas formas e processos que atendam às questões econômicas, sociais e ambientais”, afirmou.

Dentre as ações, ela citou a criação de uma comissão para colocar a sustentabilidade em prática na Alerj, a adoção da A3P e a participação da Alerj na Rede Legislativo Sustentável. Geiza ainda lembrou sobre o poder das compras públicas no estímulo ao desenvolvimento de produtos mais sustentáveis. “Estudos apontam que as compras públicas representam 16% do PIB nacional e as licitações sustentáveis podem contribuir muito para o impulsionamento desse mercado”, frisou.

A atuação em rede estimulando para fomentar junto aos parceiros um desenvolvimento mais justo, democrático e sustentável, também foi citado pelos representantes da Casa Fluminense no encontro. Segundo Cláudia Cruz, coordenadora de Informações da Casa Fluminense, é muito importante territorializar os ODS. Em 2020, a organização lançou uma publicação chamada Agenda Rio 2030 que se desdobrou em cinco agendas locais (Queimados, Japeri, Santa Cruz, São Gonçalo e a carta de saneamento da Maré)

“Precisamos que as pessoas relacionem os 17 ODS e suas metas para diagnosticar a ausência de políticas públicas e fazer proposições que estejam ligadas a essa agenda”, salientou.

Para o coordenador de Turismo e Hotelaria do Senac e pesquisador da Casa Fluminense, Hugo Satiro, o turismo é o setor que pode gerar mais empregos verdes.

“Pesquisas apontam que conservar a biodiversidade é crucial para a sobrevivência do país”, disse. Ele também lembrou do papel do turismo alinhado ao fortalecimento das comunidades locais para a retomada do setor na pós-pandemia. “O turismo precisa estar integrado aos grupos minoritários e as redes de prestação de serviços. “É preciso considerar as comunidades locais como parte do processo de desenvolvimento do produto turístico”, concluiu.

O evento também pode ser assistido na íntegra clicando aqui.