Intraempreendedorismo pode ser estimulado nas empresas públicas e privadas

Em um momento em que mudanças climáticas e a crise sanitária potencializam a escassez de recursos, a inovação passou de tendência à necessidade de organizações que buscam otimizar a geração de valor, diminuir externalidades negativas e atrair novos negócios. Neste ambiente competitivo é cada vez maior a procura por colaboradores capazes de transformar ideias disruptivas em boas práticas transformadoras da cultura organizacional. Estes profissionais são conhecidos como intraempreendedores, conceito criado pelo empresário americano Gifford Pinchot III, na década de 1970, ao defender que as pessoas não precisavam sair de seus empregos para empreender. O Rio em Foco desta segunda-feira (28/06) conversa com a catalisadora da Liga de Intraempreendedores do Brasil, Alda Marina Campos, e CEO da consultoria de gerenciamento Pares - Estratégia e Desenvolvimento.

“O intraempreendedorismo é uma prática que está sendo cada vez mais valorizada no meio corporativo e também nas organizações do terceiro setor e instituições de governo. Não é necessário abrir um novo CNPJ para que a gente coloque algo robusto, escalável e com capacidade de gerar impacto positivo no mundo. Esta é a prática do intraempreededorismo”, entusiasma-se Alda Campos.

A Liga de Intraempreendedores é uma comunidade global, presente em 17 países, que desenvolve ambientes de aprendizagem e prática em busca de soluções escaláveis para desafios socioambientais. “Os intraempreendedores são inquietos, inovadores e têm uma taxa a mais de resiliência e uma capacidade de se reconhecer como parte de um problema, mas também como parte da solução”, descreve.

Desde 2018, uma parceria da Liga de Intraempreendedores com a Fundação Dom Cabral deu origem ao Centro de Intraempreendedorismo, que promove ciclos de aprendizagem com o objetivo de identificar potenciais intraempreendedores de impacto e estimular uma cultura organizacional receptiva às novas ideias trazidas pelos colaboradores. ”A criação do centro facilitou uma aproximação com a lógica de Educação Executiva, e isso permitiu de cara a entrada de grandes empresas, entre elas: Natura, Basf, Gerdau, Vedacit, VLI e Petrobras, mostrando para o ecossistema de negócios que poderíamos sim falar das pautas de impacto social por meio do intraempreendedorismo", comenta Alda Campos.

Com as dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, a Liga de Intraempreendedores lançou um curso on-line gratuito com o objetivo de apoiar as transformações necessárias na cultura organizacional para superar a crise. “Todos nós fomos convidados a olhar novos atores sociais durante a pandemia. Então percebemos que uma forma de apoiarmos esta transformação era criar este curso on-line e gratuito em que tivemos mais de 1.200 inscritos e também customizamos alguns programas endereçados aos novos desafios da cadeia de valor”, conta Alda Campos.

O Rio em Foco é exibido as segundas-feiras, às 22h, na TV Alerj (canal UHF 10.2 e 12 da NET). A partir de terça-feira (29/06), o programa fica disponível também no canal do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio no YouTube, e no podcast "Quero Discutir o Meu Estado", disponível nas principais plataformas de streaming. Na TV Alerj, as reprises serão exibidas no sábado (03/07), às 17h, e domingo (04/07), às 20h.