Secretaria de Transportes avalia projetos para extensão da malha ferroviária do estado

A Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro pré-selecionou 37 projetos para expansão da malha ferroviária do estado. Em evento coordenado com o apoio do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Estado nesta quarta-feira (19/05), a pasta apresentou a carteira de projetos preliminares do Plano Estratégico Ferroviário (PEF) para avaliação e o acolhimento de sugestões. A ideia é consolidar até o mês de agosto a carteira definitiva de projetos a serem implementados nos próximos anos. O encontro pode ser assistido clicando aqui.

O secretário estadual de transportes, Delmo Pinho, avaliou que o plano ferroviário foi traçado com critérios técnicos sólidos que permitirão o aproveitamento das melhores oportunidades de implementação, já que o transporte ferroviário é intensivo em capital.

“Nós estamos caminhando para completar um ciclo de planejamento estratégico muito importante. Já temos, no estado do Rio, o Plano Estratégico de Logística de Carga; o Porto do Rio Século XXI, que trabalha a questão das acessibilidades do porto e sua integração com a cidade; o Plano Aeroviário (dos aeroportos); e agora vamos avançar muito rapidamente com o Plano Ferroviário do Estado do Rio de Janeiro, que trata das linhas de trens para o interior do estado. É um plano de solidez e sustentabilidade. Temos um projeto traçado e agora chegou a hora das apresentações e das discussões , porque a participação e a aderência da sociedade é muito importante para a viabilização", analisa.

O coordenador técnico do PEF, Paulo Jorge Cepeda, destacou que esse é um momento de avaliação técnica, estratégia e de receber sugestões para a consolidação da carteira. Até o mês de agosto, os interessados podem enviar opiniões e propostas para avaliação e incorporação. “O Plano Estratégico Ferroviário é um processo em construção, o que mostramos hoje é uma etapa intermediária, que é a carteira preliminar alinhada com os objetivos estratégicos do estado. Entre estes, dinamizar o transporte ferroviário de carga e favorecer o desenvolvimento do estado”, explica.

O Plano Estratégico Ferroviário foi dividido em três grandes grupos sinérgicos. Procarga, que trata do viés logístico e de carga; Promob que planifica os investimentos em mobilidade urbana; e o Protrem que trata de trens turísticos.

“Os projetos são avaliados segundo parâmetros de efetividade, eficiência e sustentabilidade, que reúnem um conjunto de métricas responsáveis por atribuir notas de 0 a 3, com pesos definidos por critérios estratégicos e justificativas técnicas anexadas a cada avaliação”, descreve o coordenador técnico.

Delmo Pinho destacou que nesta fase de planejamento é natural que todos os projetos considerados importantes sejam mapeados e estudados para depois viabilizar a oportunidade de implantação. De acordo com ele, a fase de estudos e planejamento é crucial para assegurar a relevância do projeto durante a implementação.

“A estratégia de implementação virá no bojo de oportunidades. Nós temos hoje uma limitação forte de investimento no país. Isso não quer dizer que a gente já não deva detalhar estudos da faixa de domínio para uma extensão ferroviária desta natureza e já começar a agir nos planos diretores dos municípios para não permitir a ocupação do traçado e garantir que ele fique íntegro. Para dar um exemplo, temos o caso do Arco Metropolitano, que em vez de passar no meio da Baixada, acabou cortando apenas a periferia. Por isso é importante tomar medidas preventivas”, argumentou o secretário.

Os interessados em enviar sugestões para carteira de projetos do do Plano Estratégico Ferroviário, podem contactar a Secretaria Estadual de Transportes (Setrans) pelo email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A apresentação pode ser acessada clicando aqui.