Câmara de Desenvolvimento Sustentável vai sugerir ações para a Rio+30

A Câmara de Desenvolvimento Sustentável se reuniu nesta sexta-feira (30/04) para conhecer a proposta de realização da Rio +30 e saber como contribuir para aumentar a capilaridade do evento, uma agenda que celebrará, em 2022, os 30 anos da realização da Rio-92. “Essa é uma jornada coletiva, uma construção não só de governo, mas de toda a população em prol da preservação ambiental e da melhoria da qualidade de vida. O Fórum da Alerj tem um papel fundamental de conciliação com a sociedade civil para ampliar esse processo”, afirmou a subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seas), Ana Asti. 

Durante a reunião, os representantes das instituições que compõem o Fórum se colocaram à disposição para contribuir com essa agenda e voltarão a se encontrar no dia 19 de maio para traçar as ações conjuntas entorno da Rio+30.

“A ideia é que o Fórum, junto à Câmara de Desenvolvimento Sustentável, trabalhe na formatação de eventos buscando atingir um número maior de pessoas nessa agenda”, disse a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha.

De acordo com a subsecretária, a Rio92, conhecida popularmente como Eco-92, tornou o Rio de Janeiro uma marca da conservação ambiental. O evento contou com a presença maciça de chefes de estado e fez com que a comunidade política internacional admitisse que era precisa conciliar o desenvolvimento socioeconômico com os limites do planeta. “Em paralelo a conferência houve um evento no Aterro do Flamengo e foi a primeira vez que a sociedade civil participou em massa de um evento da ONU e é isso que queremos construir agora com a Rio+30”, contou Asti.

O governo do Estado do Rio de Janeiro criou um grupo de trabalho, do qual o Fórum da Alerj também faz parte, para trabalhar numa carta-proposta que será enviada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) manifestando o desejo de sediar a próxima Conferência Ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU). Caso obtenha apoio da organização intergovernamental, a Rio +30 reunirá 193 nações na cidade no ano que vem, para debater ações de mitigação das mudanças climáticas na chamada década da ação, que culminará em 2030.

“Independentemente da aprovação, teremos uma agenda de ações em 2022 para debater o futuro que queremos, visando a aceleração da Agenda 2030 e de seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que incluem 169 metas. Vale frisar que o Rio de Janeiro assinou em 2019 o Pacto Global da ONU assumindo essa responsabilidade”, detalhou ela lembrando que o grande desafio da humanidade nos dias atuais é promover um crescimento sustentável, inclusivo e equitativo.

Para que isso aconteça, ela frisou a importância de descer a implementação do ODS a nível municipal, integrando políticas públicas do estado e prefeituras à Agenda 2030. “Para aumentar a capilaridade, precisamos chegar aos municípios que é onde as coisas acontecem. Os estados e cidades têm os níveis de governo mais próximos aos cidadãos e por isso estão melhor posicionados para aumentar a consciência sobre a urgência de reduzir o impacto negativo no ambiente e aumentar a inclusão social por meio da implementação da Agenda 2030”, observou.

Segundo o presidente da Câmara Empresarial Rio, Paulo Protasio, a realização da Rio+30 foi uma importante decisão da Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e do governador do estado.

“A sustentabilidade está no DNA do Rio de Janeiro. Somos referência e podemos dar um recado para o mundo reunindo nesse palco a sociedade, governos, legislativos e academia”, afirmou.

O encontro pode ser assistido na íntegra clicando aqui!

A apresentação da subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seas), Ana Asti, está disponível aqui.

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