Fórum realizará painéis sobre a cadeia produtiva da carne e boas práticas agropecuárias

Conhecer como funciona a cadeia produtiva da carne e quais são os entraves para o crescimento da atividade no estado é um dos objetivos do painel que a Câmara de Agronegócios realizará em abril. O tema foi sugerido durante a reunião on-line do grupo nesta quinta-feira (04/03). O encontro também reuniu os membros do Grupo de Trabalho do Selo Arte, que irá promover em abril um evento para debater as boas práticas agropecuárias e como levar esse conhecimento e as ferramentas aos pequenos produtores rurais.

Para o consultor Daniel Strongin, que já trabalhou com o desenvolvimento de novos produtos alimentícios artesanais com sucesso na Califórnia e Wisconsin, nos Estados Unidos, é preciso focar na melhoria contínua dos processos para minimizar os riscos à saúde e aumentar a qualidade dos produtos. “Ao disseminar as boas práticas temos a oportunidade de criar uma economia de nicho de alimentos no Rio de Janeiro com produtos de alta qualidade”, afirmou.

A dificuldade dos pequenos produtores em conseguir cumprir os Programas de Autocontrole, exigidos em estabelecimentos com Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que permitem a comercialização do produto para fora do estado também foi levantada pelo grupo.

“É preciso fazer um trabalho no campo para apoiar e preparar os pequenos produtores para essa nova realidade com a possibilidade do SiSBI. Os processos de autocontrole não podem ser um peso, impossibilitando a produção. É preciso mostrar as ferramentas e levá-los para essa rota”, acredita o representante do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Magioli.

O tema da cadeia produtiva da carne no estado e os seus gargalos foi trazido pelo especialista em desenvolvimento setorial da Firjan, Ronaldo Nogueira Martins. O objetivo será conhecer as tendências e os desafios para o desenvolvimento do setor no estado. “O Rio de Janeiro é um dos maiores consumidores de carne per capta do país, mas compramos praticamente tudo de outros estados. Precisamos olhar para essa cadeia”, destacou.