A Câmara Setorial de Formação Profissional e Educação Tecnológica se reuniu nesta quarta (16/12) para fazer um balanço das atividades de 2020 e projetar o próximo ano. A pauta do desemprego, que se tornou ainda mais central após a pandemia, continuará em discussão no grupo em 2021. No encontro virtual desta quarta (16/12), os membros conheceram os resultados de uma pesquisa realizada em novembro deste ano sobre as ofertas de qualificação e formação profissional oferecidas pelas instituições que fazem parte do projeto Qualifica-RJ. A iniciativa tem como objetivo construir uma plataforma digital para ligar o cidadão às vagas seja de emprego, seja de cursos oferecidos pela rede de instituições que participa do projeto.
Durante a reunião foram apresentados os dados de 2020, além de um comparativo com os resultados da pesquisa de 2019. Das 21 instituições que preencheram o questionário esse ano, apenas três ainda não oferecem nenhum tipo de curso. Juntas, elas oferecem 1032 cursos on-line e 1847 cursos presenciais, além de 27 semipresenciais.
Entre os maiores desafios para captar alunos eles citaram renda, inadimplência, desemprego, retenção de alunos, reconhecimento dos cursos por parte dos outros segmentos, motivação, falta de interesse da sociedade brasileira para o assunto entre outros.
Já sobre o banco de talentos, apenas cinco afirmaram possuir a ferramenta. São elas: CRA-RJ, SEST SENAT, SindRio, Senac RJ e CEPERJ. Os principais desafios apontados para a construção de um banco de talentos estão a abertura para empresas não registradas na instituição; queda no número de empregos formais, interesse e engajamento dos jovens diante dos novos desafios do mundo do trabalho; captação de vagas foram os mais citados.
Em 2020 também foram citados que ainda há uma percepção de que as empresas poderiam se engajar mais no cadastro. Por mais que a informação chegue para as empresas, para realizarem o cadastro, elas na maioria das vezes ainda tentam via Sest Senat a divulgação de vagas ou busca de currículos.
Em 2021 o grupo irá trabalhar numa nova atualização da pesquisa, e no dia 26 de fevereiro irá convocar as instituições para traçar um calendário de ações.
Na ocasião, também foi apresentado um case da Espanha “Talento para El Futuro”, que buscou no início dar soluções aos problemas dos jovens desempregados, mas logo percebeu que esses mesmos problemas afetam também os mais velhos e redirecionaram seu curso para a união de jovens e organizações de sociedade civil, sob o mesmo guarda-chuva.
O primeiro desafio colocado pelo jovem think tank é elaborar um Pacto Intergeracional. Foi constatado que os jovens e velhos se enfrentam quando deveriam estar no caminho da reaproximação. O que se busca é colocar jovens e velhos para trabalhar juntos para fornecer soluções para os problemas de todos.