A Firjan realizou na sexta-feira (13/11) a 8ª edição do seu Prêmio Ambiental, que reconhece as melhores práticas empresariais ambientais de desenvolvimento sustentável no estado do Rio. Criada em 2013, a iniciativa é dividida em cinco categorias (Água e Efluentes; Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos; Mudança do Clima e Eficiência Energética; Resíduos Sólidos; e Relação com Partes Interessadas) que entre os critério de avaliação está a contribuição dos projetos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). A premiação desse ano teve como uma das juradas a secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico, Geiza Rocha.
O vencedor na categoria Águas e Afluentes foi o Grupo Águas do Brasil com o projeto “Água de Valor”, que visa a aumentar a eficiência dos sistemas de distribuição de água para a população. Já na categoria Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, o prêmio foi para o Projeto Uçá - Associação dos Protetores do Mar, que teve como objetivo promover a melhoria da qualidade ambiental em oito municípios na região da Baía de Guanabara, através da manutenção e monitoramento de manguezais, educação ambiental e produção de conhecimento científico de forma sustentável. O projeto Projeto CCUS Pré-Sal – Petrobras venceu na categoria Mudança do Clima e Eficiência Energética, com uma solução inovadora que concilia a otimização da extração de recursos petrolíferos com o armazenamento de CO2 em rochas reservatórios. No quesito Resíduos Sólidos a ganhadora foi a iniciativa De olho no Lixo - Viva Rio Socioambiental. A partir da demanda da Secretaria de Estado do Ambiente para diminuir o impacto do resíduo na praia de São Conrado, ampliou a proposta e promoveu a geração de renda local, além de ações de educação ambiental. Na categoria Relação com Partes Interessadas venceu a parceria do Instituto Rumo Náutico – Projeto Grael com a ENGIE, que promove a democratização ao acesso aos esportes náuticos como forma de inclusão social. Confira aqui todos os vencedores e resultados dos projetos.
Segundo o presidente do conselho empresarial de Meio Ambiente da Firjan, Isaac Plachta, que abriu o evento, a iniciativa dá visibilidade as ações e projetos de empresas que contribuem para o avanço da agenda do desenvolvimento sustentável, com foco na proteção ambiental, no equilíbrio econômico e no bem-estar social.
“Acreditamos que o Rio de Janeiro tem jeito. Esse Prêmio tem o objetivo de difundir as boas práticas empresariais na área socioambiental e servir de exemplo para que outras empresas possam aprimorar suas ações”, afirmou Plachta.
Os 381 projetos inscritos nas edições anteriores geraram uma economia de 128 bilhões de litros de consumo de água; 18,7 mil toneladas de resíduos evitados e 439 milhões de toneladas de resíduos reciclados, além de 4 milhões de CO2 sequestrado ou evitado. Ao todo, essas iniciativas geraram uma economia de R$2,1 bilhões de reais para as empresas, o equivalente a seis vezes o valor investido. Se somados com os custos evitados, calculado com base nos insumos não consumidos, o valor chega a R$9 bilhões de economia, 20 vezes menos o valor declarado investido.
Antes de anunciar os vencedores, o CEO da consultoria Ideia Sustentável, Ricardo Voltolini, apresentou um painel com as 11 tendências de sustentabilidade para a retomada da economia. De acordo com Voltolini, a pandemia colocou todos em igual situação de vulnerabilidade e incertezas para o futuro e a solução para esse desafio está na sustentabilidade.
“Com a crise da covid-19 passamos a entender que se quisermos um mundo melhor para se viver, teremos que mudar nosso jeito de consumir e produzir. A sustentabilidade não é uma resposta, mas a resposta para isso. Já estamos atrasados nesse processo com um número enormes de empresas chegando apenas agora para essa discussão que já existe no Brasil há 20 anos. Portanto, só tenho a enaltecer esse prêmio que nos traz notícias muitas boas e dissemina boas práticas de sustentabilidade”, concluiu.