A Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Rio retomou nesta quinta (06/08) a agenda de pautas a serem debatidas na retomada das atividades no estado. No encontro virtual, os membros sugeriram a realização de painéis para tratar do saneamento básico, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), dos desafios no cumprimento da Agenda 2030 no momento de enfrentamento da crise sanitária desencadeada pelo Covid-19, e do mergulho no mundo digital, feito pelos produtores familiares e de orgânicos, para viabilizar o escoamento de seus produtos.
A coordenadora de comunicação do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), Daniela Cajueiro, afirmou que o setor vive um dilema no seu dia a dia. “É um grande desafio ser sustentável num momento que exige um uso maior de água, por exemplo, de plásticos para embalagens e de substituição do tecido pelo plástico por conta das medidas sanitárias”, afirmou.
Por outro lado, a pandemia também trouxe oportunidades para setores como o da agricultura. Segundo a diretora da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Silvia Waschner, apesar de ter pegado todos de surpresa, muitos produtores conseguiram trabalhar unidos e explorar novos canais de distribuição. “A agricultura familiar se mostrou muito resiliente e encontrou outras formas de escolar a produção com o uso da tecnologia”, contou.
Porém, nem toda a cadeia conseguiu vencer os entraves trazidos pela crise. Foi o caso do ramo da floricultura, que faz do estado o segundo maior produtor do país, com uma produção anual de 560 milhões de flores. “A rede colaborativa funcionou bem para alguns setores e outros não conseguiram viabilizar as vendas durante esse período, mas estão tentando outros arranjos”, explicou a chefe-geral da Embrapa Solos, Petula Ponciano.
A ideia é que no próximo encontro da Câmara, agendado para o dia 3 de setembro, um desses temas seja aprofundado. A ideia é convidar produtores e agentes públicos para relatar casos de sucesso dessa organização coletiva entre produtores para fazer o mercado girar, além de debater soluções para gargalos de setores como o de produção de flores. "Depois de passarmos um período mergulhados na análise de conjuntura durante a pandemia, retomar a agenda e o diálogo permanente com os membros das câmaras setoriais é um movimento importante, e que permite estarmos atualizados e próximos dos desafios que estão movimentando o estado do Rio de Janeiro", afirmou a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha.