Live debate protocolo de reabertura de bares e restaurantes do estado

“O segredo para uma retomada de sucesso é conquistar a confiança dos clientes que irão optar por estabelecimentos que cumpram as regras sanitárias. Porém, será preciso não só adotar todos os protocolos de segurança, mas também mostrar com transparência tudo o que está sendo feito”, essa é a aposta do presidente do Conselho de Administração do Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Pedro Hermeto. Ele conversou nesta terça (30/06) com a secretária-geral do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico Geiza Rocha, durante uma live no Instagram.

Segundo Hermeto, o futuro do setor de gastronomia está nas novas regras de convivência que incluem as relações entre empregados, empregados com clientes e entre os consumidores. "Essas regras são o nosso maior desafio, já que mudar comportamentos e culturas é uma coisa muito difícil e requer muita comunicação e informação”, frisou.

Para ajudar os empresários a planejar a retomada das atividades com segurança, e trabalhar as regras de convivência, a Abrasel lançou uma cartilha. O guia traz com recomendações e cuidados para uma reabertura segura com orientações sobre questões que vão desde as adequações do espaço até o treinamento da equipe. “A regra sobre a ocupação dos restaurantes, que determina o distanciamento mínimo de 4 metros quadrados entre os clientes, é uma das mais restritivas no Plano da prefeitura do Rio para o setor. Porém, é importante esclarecer que se deve levar em consideração a área total do restaurante, não apenas o salão”, explicou. O material completo pode ser acessado aqui.

 Os impactos econômicos também estiveram em debate. De acordo com Hermeto, a crise já causou o fechamento de ¼ dos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar em todo o país. “Se nada for feito, a Abrasel calcula que, em até seis meses subsequentes à reabertura, cerca de 50% dos bares e restaurantes da capital fluminense quebrará, isso representa cinco mil bares. Um verdadeiro desastre”, afirmou.

Dentre as medidas que podem contribuir para reverter esse quadro, ele mencionou o acesso às linhas de crédito e a prorrogação da Medida Provisória nº 936/20, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. “Nossa atividade demanda muito investimento de capital e tem margens de lucros cada vez mais baixas, além de uma cultura de ter um caixa também baixo. Estudos apontam que, em todo o mundo, os estabelecimentos tinham, em média, caixa para sobreviver por 16 dias sem atividades. Imagina agora após 90 dias. É um grande desafio”, finalizou.

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