Rio em Foco apresenta pesquisa do IBGE sobre deslocamentos para atendimento médico

A população brasileira percorre, em média, 155 quilômetros (Km) quando precisa de atendimentos de saúde considerados de alta complexidade, que envolvem internação ou tratamentos considerados mais caros. No caso da população fluminense, as distâncias médias são menores. Os dados constam na nota técnica "Região de Influência das Cidades 2018 - deslocamentos para acessar serviços de saúde" lançada em abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados compõem a pesquisa REGIC, que analisa ainda outros nove indicadores, como por exemplo, deslocamentos para aquisição de produtos e serviços, ensino superior, atividades culturais e esportivas, dentre outros. Os dados relativos à saúde foram antecipados para orientar o combate ao novo Coronavírus e serão divulgados no Rio em Foco desta segunda (04/05), que entrevista o gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Hidalgo.

“No caso do Rio de Janeiro, temos uma das menores médias de deslocamento para atendimento de alta complexidade: 67 quilômetros. É um valor baixo em comparação ao resto do país, em que pese o fato de cada ligação ter um valor específico, então o Rio de Janeiro também tem casos de municípios com nível de deslocamento maior”, revelou Hidalgo.

Os números do estado do Rio são considerados baixos em relação, principalmente a casos mais extremos, como é a situação Roraima, estado que recebe pacientes que tiveram que percorrer as maiores distâncias computadas: em média, 471 km para atendimento de alta complexidade. Importante destacar que a pesquisa do IBGE revela apenas a distância linear de deslocamento. Ou seja, não avalia a infraestrutura de acesso aos postos de atendimento, que podem modificar muito o tempo de deslocamento e a distância real da população entre os locais. “Para saber a distância real precisaríamos de mais dados, mas com certeza a distância real é bem maior que a linear”, comentou o representante do IBGE.

De acordo com Hidalgo, o Rio de Janeiro possui 16 cidades que concentram os atendimentos de alta complexidade para a população de todo o estado e ainda recebem pacientes de municípios situados no Espírito Santo e São Paulo. O número é bem menor que os centros de atendimento para problemas de saúde de baixa complexidade, que possuem 29 pontos de referência no estado. “São cidades que já são centrais no estado por outras razões e acabam também se tornando referências para o atendimento de saúde”, comentou.

O Rio em Foco é exibido as segundas feiras, às 22h, na TV Alerj (canal 12 da NET). A partir de terça-feira (05/05), o programa fica disponível também no canal do Fórum de Desenvolvimento do Rio no YouTube, e no podcast "Quero Discutir o Meu Estado", disponível no Spotify e no Deezer. Na TV Alerj, as reprises serão exibidas no sábado (09/05), às 17h, e domingo (10/05), às 20h.