A tecnologia foi uma das grandes aliadas do Censo Agropecuário de 2017. Novas técnicas como o georreferenciamento e o armazenamento das rotas dos estabelecimentos foram incluídas nos dados da pesquisa que já está disponível na íntegra aqui. As novidades foram apresentadas hoje (12/11), pelo gerente-técnico responsável pelo Censo Agropecuário, Antonio Florido, durante a reunião conjunta entre a Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Agrária e Pesqueira da ALERJ, presidida pelo deputado João Peixoto, e o Fórum de Desenvolvimento do Rio, representado pela secretária-geral Geiza Rocha.
A reunião contou também com a presença do chefe da unidade estadual do IBGE no Rio de Janeiro, Jose Francisco Teixeira Carvalho. O Censo Agro 2017 percorreu 5.730 milhões de estabelecimentos agropecuários, uma quantidade de quilômetros que, segundo o IBGE, é equivalente a 89 voltas ao redor do globo.
Entre os principais dados apresentados pelo gerente-técnico está o crescimento da terceirização no mundo agrário, que desde 2006 subiu 143%. Outra tendência global que já está no campo é a automação, que contribuiu para que o número de pessoas empregadas caísse em 1,5 milhão.
Os dados do Censo são amplos, e trazem informações de setores como a agricultura familiar até o uso de agrotóxicos. O objetivo, segundo Florido, é conseguir apresentar a realidade do Brasil agrário por meio dos seus atores, cenários, modos e instrumentos de ação.
“O IBGE funciona como um grande fotógrafo, retratamos todo o Brasil como se tivéssemos tirando milhares de fotos de tudo e todos”, explicou Florido.
A fala do pesquisador ajuda a entender a complexidade de dados, por conta disso é necessária uma longa metodologia. O Censo de 2017 utilizou como data de referência para a pesquisa o dia 30 de setembro de 2017, mas, a coleta de dados foi iniciada no dia 1° de outubro de 2016. Foram disponibilizados também as tipologias, tabulação e cruzamentos ente setores importantes do mundo agrário.
O IBGE integra o Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio desde 2017, ocasião em que lançou o Censo Agro no plenário da ALERJ.
"A importância da reunião de hoje foi justamente o IBGE voltar à Alerj. Ele lançou o Censo em 2017, no início do levantamento das informações, e agora retorna ao parlamento para mostrar os resultados, a visão à respeito do estado do Rio de Janeiro e o que eles conseguiram apurar sobre a evolução agropecuária do estado. Foi uma reunião bastante rica em que foram apresentadas muitas informações e também todas as possibilidades que o IBGE abre para que as instituições e pesquisadores possam acessar esses dados e construir novas visões", ressaltou Geiza.
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Fotos: Octacílio Barbosa