Realizado a cada 10 anos em todo o território nacional, o censo demográfico do IBGE tem o objetivo de fazer um retrato atualizado e preciso de toda a população brasileira. Os dados coletados são fundamentais no planejamento de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade. Mas para atingir esse objetivo, cada unidade estadual do IBGE busca o apoio da comunidade local, por meio das Reuniões de Planejamento e Acompanhamento do Censo (REPAC). Apenas no Rio de Janeiro serão abertas mais de 18 mil vagas temporárias para atuar na pesquisa, que será realizada de 01 de agosto a 31 de outubro de 2020. As informações foram divulgadas nesta terça (29/10) durante a Repac estadual, realizada no Plenário da Alerj. O encontro reuniu secretarias municipais e estaduais, sociedade e o legislativo para conhecer os detalhes da operação e dar mais transparência ao processo.
“Nosso trabalho começa muito antes da coleta de dados, ao realizar as primeiras Repacs em cada um dos 92 municípios do estado para se obter melhores resultados. Essas reuniões buscam intensificar a participação da comunidade local, dar clareza a cada parte da operação, chancelando a cobertura e dando consistência ao resultado final”, explicou o chefe substituto da unidade estadual do IBGE, Alberto Azemiro de Carvalho.
A conscientização da população sobre a importância de receber o recenseador e passar os dados com fidelidade é uma das preocupações do IBGE que busca nos poderes públicos e na sociedade aliados para que o Censo seja bem realizado.
“O IBGE não é o maior produtor de informação, mas é o maior produtor de dados do Brasil. Por isso é importante que o poder público tenha conhecimento dos dados para trabalhar ações em prol da sociedade”, afirmou o coordenador operacional do Censo no Estado do Rio de Janeiro, Gabriel Barros.
O uso de novas tecnologias para facilitar o trabalho dos recenseadores foi outro ponto de destaque, já que eles contarão com um equipamento para armazenar e enviar os dados colhidos nas residências para um banco de dados do IBGE. Cada visita terá também uma identificação digital, uma coordenada via sistema de GPS que registra e identifica geograficamente o local. Também haverá mapeamento e identificação da população quilombola, mais uma novidade. Até o último censo de 2010, apenas os indígenas foram contados.
“As informações coletadas são confidenciais e resguardadas por lei, além de serem de uso exclusivo do IBGE, que não fornece informações individualizadas”, ressaltou Gabriel.
Mais de 6 milhões de domicílios serão visitados no estado do Rio de Janeiro pelos recenseadores do IBGE, um aumento de mais de um milhão em relação ao último Censo de 2010, e com uma população quase 8% maior. Serão 287 postos de coleta divididos em 27 áreas e 76 subáreas, sendo 97 localizados na capital. Na pesquisa do próximo ano o questionário básico terá 25 perguntas. Já o formulário de amostra, que no Rio será aplicado em apenas 5% das visitas, terá 76 questões.
"Hoje eu não vejo como os municípios fluminenses podem avançar sem se basear nas informações fornecidas pelo Censo. Muitas delas nem têm uma secretaria de planejamento, por exemplo. O IBGE é um instituto fundamental para o desenvolvimento do estado e do país", disse o deputado Anderson Moraes (PSL), que presidiu o evento.
IBGEeduca
Estudantes e professores das escolas de todos os municípios foram incluídos no planejamento do IBGE para receberem informações sobre o Censo 2020. Por meio de revistas, o programa leva as informações às escolas, explicando a importância do censo demográfico aos estudantes e toda comunidade escolar.
“O intuito é divulgar o Censo nas escolas, sensibilizando a população para receber bem o recenseador e responder à pesquisa”, explicou o representante da coordenação do IBGE Educa, Felipe Macedo Tavares, que também apresentou o portal (www.educa.ibge.gov.br) voltado para a área de educação, com conteúdo lúdico, que divulga a produção do órgão, tanto da área estatística como da geografia.
Todas as informações do Censo 2020, incluindo o processo seletivo para contratação dos agentes que vão atuar na coleta e na análise dos dados podem ser acessadas no site do IBGE.
"O IBGE faz parte das instituições que compõem o Fórum de Desenvolvimento do Rio e nos procurou para realizar essa reunião aqui na Alerj. O objetivo era trazer para o legislativo e para as secretarias estaduais os detalhes dessa operação de guerra do Censo 2020, como essas informações serão levantadas e como os gestores públicos podem participar desse processo, que é exaustivo, mas fundamental para se pensar na estruturação de políticas públicas", afirmou a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha.
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