Responsável por transportar menos de 5% do volume de cargas do país, o sistema de tubulações conhecido como dutovias pode representar um potencial econômico importante para o estado do Rio de Janeiro. Debater essas oportunidades foi uma das sugestões trazidas pelos membros da Câmara de Infraestrutura e Logística na reunião realizada nesta terça (10/09) no Conselho Regional de Contabilidade (CRCRJ). A utilização das faixas do Arco Metropolitano para o desenvolvimento deste novo modal foi uma das possibilidades levantadas pelo diretor de novos negócios do Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), Jorge Cunha.
“O transporte dutoviário precisa ser discutido e pode trazer muito retorno para o estado”, afirmou Cunha. Entre as vantagens deste tipo de transporte feito por meio de tubulações utilizadas para óleos, gases e produtos químicos estão a redução do tráfego de substâncias perigosas e a incidência de desastres ecológicos por ser um sistema seguro e capaz de transportar grande quantidade de carga por longas distâncias. Hoje a produção do país é majoritariamente transportada pelas rodovias, que respondem por 60% do volume total transportado. Ferrovias carregam 21% e o transporte aquaviário é responsável por 14%.
Outro tema que voltou à tona durante a reunião foi o posicionamento do estado e do legislativo perante às renovações das concessões de rodovias e ferrovias em curso pelo Governo Federal e debatido no Fórum desde o ano passado. A aprovação do Plano de Governança do Plano Estratégico de Logística e Cargas do Estado do Rio de Janeiro (PELC/RJ 2045) pela Alerj como uma política de estado foi outro ponto levantado pelo assessor da presidência da Fetranscarga Sergio Vianna como crucial para o estado. O projeto de lei nº 32/2015 institui o PELC, PDTU e PAERJ, como documentos orientadores das definições de políticas públicas de investimento em infraestrutura e logística no Rio de Janeiro, está em tramitação na Casa aguardando parecer das Comissões de Constituição e Justiça e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle.
A expectativa é que o PELC sirva como uma ferramenta para que o Estado do Rio se consolide como um sistema logístico de classe mundial, assumindo sua vocação como centro de ligação para grandes mercados consumidores, nacionais e globais, na distribuição de produtos e cargas.
Acesse aqui o Plano Estratégico de Logística e Cargas.