Qual será o impacto da automação sobre o emprego formal no Brasil? Como projetar hoje esse cenário? Perguntas como essas fundaram, em 2016, o projeto Laboratório do Futuro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto tem caráter interdisciplinar e trabalha com a investigação e análise de soluções para o futuro. Para isso, o Laboratório se dividiu em sete campos de estudos, que são: ciência, governo, cidades, educação, saúde, projeção e entendimento.
O projeto acaba de publicar um relatório técnico chamado “O Futuro do Emprego no Brasil: estimando o impacto da automação”, respondendo às perguntas que abriram este texto. O documento é voltado para discutir como e quais serão as áreas afetadas pelos avanços da automação, além de discutir como ficará a questão da empregabilidade diante deste cenário.
No video abaixo, o coordenador da área de trabalho e um dos fundadores do Laboratório do Futuro, Yuri Oliveira de Lima, dá maiores explicações sobre o trabalho.
O Laboratório do Futuro surgiu através de um grupo pesquisadores do Centro de Apoio a Políticas de Governo (CAPGov), um dos laboratórios do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da COPPE/UFRJ criado para atender demandas de projetos solicitados pela gestão pública. Segundo Lima , um dos fundadores do Laboratório, por sempre desenvolverem projetos solicitados surgiu uma inquietação de parte do grupo para começar a trabalhar de modo reativo. Este grupo então começou um movimento de olhar analiticamente para o mundo e projetar propostas de mudanças.
Nos estudos, o Laboratório utiliza ferramentas como “Crowd Science”, em português “Ciência Cidadã” que é uma metodologia de incluir a participação do cidadão comum nas pesquisas. As formas de contribuir vão desde responder os questionários até ajudar na coleta e avaliação de dados. Segundo o coordenador da área Futuro do trabalho esta é uma das formas de tornar o projeto mais global.