“Nosso ar é tão puro que pensamos em enlatá-lo”

País de dimensões continentais e principal parceiro comercial do Brasil, a China é um mundo quase desconhecido pela maioria dos brasileiros. Poucos são os que sabem citar o nome de mais de três cidades ou lideranças importantes. Visando a incrementar ainda mais as relações econômicas entre os dois países, a Sociedade Nacional de Agricultura promoveu nesta sexta-feira, 14 de junho, o 1º Seminário Sino-Brasileiro de Alimentação e Pecuária, que contou com a participação de 21 representantes de 10 empresas de três cidades do Sul da China.

Foi um encontro de troca de informações e experiências. A delegação chinesa apresentou suas regiões e levou diferentes produtos para apresentar aos brasileiros. Muitos deles pouco conhecidos, como a Roxburgh Rose, uma fruta amarela, de aparência espinhenta que possui uma concentração 10 vezes maior de vitamina C do que a maçã. A fruta é um dos mais importantes produtos da região de Guizhou, um estado que possui nada menos que impressionantes 4419 variedades de ervas medicinais. “Nosso ar é tão puro que pensamos em enlatá-lo”, brincou Ji Hong, diretora-geral do Departamento de Comércio da província de Guizhou.

Além da fruta exótica, chamaram atenção também itens como folhas de alga coloridas para enrolar temakis, azeites de mel e uma degustação de Moutai, uma sofisticada marca de um tipo de bebida conhecida como bái jiu, tida como uma paixão nacional dos chineses. Com aroma e sabor com toques de pera, nozes, amêndoas e molho de soja, o destilado pode chegar a 56% de teor alcoólico (mais forte que a nossa cachaça) e é vendido em garrafas de até US$ 250.

Para Gustavo Chinaglia, conselheiro da Associação dos Produtores de Soja e Milho, o encontro foi positivo do ponto de visa de troca de experiências entre chineses e brasileiros. “Eles ficaram muito interessados na nossa expertise de produzir melhor, com maior respeito à questão ambiental”, afirmou.