A necessidade de pensar a cultura como instrumento econômico e como identidade que diferencia as cidades foi defendida na tarde desse quarta-feira (28/08), pela secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, Geiza Rocha. Ela integrou a mesa “A dimensão da cultura no desenvolvimento de territórios”, que abriu o Seminário “O papel da Cultura no Desenvolvimento Territorial”, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Teatro Firjan SESI Centro.
Nesta quinta edição do Festival X-Tudo, Geiza apresentou o Caderno de Cultura do Estado do Rio, lançado em 2017, em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), fruto dos debates travados durante as reuniões da Câmara Setorial de Cultura, Turismo e Esportes. Também fizeram parte do painel a Secretária de Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Magali Moura, e o professor e conselheiro do Observatório de Favelas, Jailson de Souza Silva, que apresentou os projetos organizados por ele na comunidade do Complexo da Maré, zona norte do Rio.
A secretária abordou a importância de manter a conexão entre o Ministério e os pontos de cultura, mapeados a partir de projetos como o “Cultura Viva”. Falando sobre os investimentos realizados recentemente no Estado do Rio, ela ressaltou o protagonismo dos agentes culturais e o desafio de integrar as ações do Ministério para fortalecer o diálogo com quem produz a cultura no território.
Usando como exemplo iniciativas como o “Território Inventivo da Maré”, “O Farol da Maré” e cursos voltados ao audiovisual, Silva afirmou que a cultura pode ser usada como um instrumento para o desenvolvimento territorial, mas para isso é necessário buscar apoio de entidades.
“Ações articuladas e integradas com a prefeitura, o comércio local e com instituições privadas podem ajudar a terminar com essa lógica histórica de violência que a comunidade carrega”, explicou.
Acesse aqui o Caderno de Cultura e a apresentação do Fórum.