Agora os produtos que tenham em sua composição espécies nativas brasileiras vão ganhar um Selo de Sociobiodiversidade, que está vinculado ao Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf). O lançamento foi feito pela Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SAED) por meio da Portaria 129. Os maiores beneficiados serão os produtores e agricultores familiares que cultivam espécies nativas de suas regiões. Um dos benefícios para os portadores desse selo vai ser a participação em programas de incentivo dos estados que compõem o Plano Nacional de Agroecologia (ONE).
Essa nova portaria contou com a colaboração do projeto Biodiversity for Food and Nutrition. Nele foram catalogadas 70 espécies de frutas, legumes e verduras que irão ser contempladas pelo novo selo. Os critérios considerados nesse catálogo são: o nível de nutrientes saudáveis, o valor alimentício regional, o potencial econômico e também a sua importância social. Entre os produtos que fazem parte da lista estão açaí, baru, abacaxi, cupuaçu, jenipapo, jambu, mangaba, ora-pro-nóbis, major-gomes, urucum, jurubeba, pequi, entre outras espécies nativas.
Para a coordenadora do projeto Biodiversity for Food and Nutrition, Daniela Beltrani, a iniciativa vai valorizar tanto o trabalho dos produtores quanto os próprios produtos. “O Selo da Sociobiodiversidade é uma forma de agregar valor aos produtos e contribuir para que os produtores se organizem e qualifiquem sua produção”.
No Brasil, o novo selo tem apoio de órgãos e organizações nacionais e internacionais, como o Governo Federal, a ONU Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além de receber assistência de aproximadamente cem pesquisadores de universidades federais e estaduais, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e da Embrapa. O Biodiversity for Food and Nutrition também atua no Quênia, o Sri Lanka e na Turquia.
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