Uma equipe do Censo Agropecuário visitou o município do Rio em busca de mais dados sobre as famílias quilombolas que vivem da agricultura. A coleta foi feita entre os dias 18 de janeiro e 20 de fevereiro, no Parque Estadual da Pedra Branca, no bairro de Vargem Grande. Nessa região, está a comunidade quilombola Cafundá Astrogilda. Mesmo existindo há mais de dois séculos, apenas em 2014 o quilombo foi reconhecido pela Fundação Palmares, instituição federal que identifica e promove a arte e cultura afro-brasileira. No total, são sete núcleos familiares com cerca de 200 pessoas.
Cada um desses sete núcleos possui um representante na Associação dos Moradores e Remanescentes do Quilombo de Vargem Grande. A organização possui diversas atividades principalmente no setor de educação. Um dos programas fornecidos pela Associação são as parcerias com universidades. A expectativa é que a nova pesquisa realizada pelo IBGE possa aumentar os benefícios e a colaboração com os povos tradicionais que são a cultura e a história do Brasil.
A maioria das famílias do quilombo Cafundá não sabia, antes da visita do Censo Agro, que para o IBGE eles eram considerados agricultores. O quilombo é formado por remanescentes de ex-escravos que trabalhavam para uma fazenda que existia perto da região. Após a abolição da escravatura, alguns trabalhadores permaneceram nas terras e com o passar dos anos receberam títulos por elas. Outro fato curioso sobre o quilombo é que todos os integrantes fazem parte de uma mesma árvore genealógica.
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