Apoio dos municípios será fundamental na realização do Censo Agropecuário 2017

O Censo Agropecuário 2017 do IBGE irá mapear e retratar as atividades econômicas das zonas rurais no país transformando-as em estatísticas oficiais que servirão para orientar projetos, investimentos e políticas públicas. Serão levantados dados como área, produção, características do pessoal ocupado, emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, entre outros. O 11º censo agropecuário do país contará dessa vez com a colaboração dos municípios. Para dar suporte às ações realizadas, cada cidade deverá implantar uma Comissão Municipal de Geografia e Estatística (CMGE), presidida por um membro do IBGE, e com a participação de representantes de todos os poderes e sociedade. O objetivo é dar suporte às equipes de recenseadores, trabalhar na divulgação, além de conscientizar a população sobre a importância da qualidade dos dados fornecidos. Caberá também às CMGEs validar os resultados antes da sua divulgação. A informação foi dada pelo gerente-técnico do Censo Agropecuário do IBGE, Antônio Florido, durante a reunião da Câmara de Agronegócios do Fórum de Desenvolvimento do Rio, realizada nesta segunda (21/08), no Conselho Regional de Contabilidade.

"Estamos buscando o apoio de todos no sentido de que convençam o produtor que é benéfico para ele fornecer suas informações. Os dados são sigilosos e queremos que eles ajudem o IBGE a ajudá-los, que eles entrem na foto. O objetivo é transformar as informações em dados para aqueles que buscam desenvolver políticas públicas", explicou Florido. Para ele, é fundamental a participação de representantes locais, da sociedade e do governo que conheçam o município e participem junto com o IBGE no apoio à logística e na validação do trabalho desde o seu início.

"Após a instauração da CMGE, teremos no mínimo três reuniões com o grupo. Uma no início e outra no meio do processo, quando vamos analisar o que está acontecendo e buscar soluções possíveis. A última será no encerramento da coleta para apresentar os dados obtidos de modo que a comissão valide os resultados. Caso isso não aconteça, iremos analisar o que foi falho e voltar a campo até que o resultado seja chancelado pela CMGE", disse.

Além de já terem implementados suas Comissões, alguns municípios do estado ainda planejam realizar seus próprios censos agropecuários. É o caso das prefeituras de Resende e de Cachoeiras de Macacu, presentes ao encontro.

"Estamos buscando informações que sejam do interesse do planejamento do município, e vamos publicar um decreto criando o Censo Municipal Agropecuário Permanente. Nosso objetivo é conjugar esforços com o IBGE para promover o desenvolvimento regional e local das atividades agropecuárias", afirmou Alberto Figueiredo, secretário de Agricultura de Resende, no Sul fluminense.

Ainda segundo Florido, o projeto do Censo precisou sofrer uma adequação ao orçamento, o que levou a uma simplificação do questionário de 90 para 45 minutos de duração, aumento do período de coleta de 3 para 5 meses, assim como uma redução no número de postos de coleta, contratados e na quantidade de equipamentos.

"Nós solicitamos ao IBGE informações sobre o status dos municípios fluminenses na criação das CMGEs e as campanhas de conscientização que eles estão realizando. Vamos utilizar nossas redes para apoiar esta iniciativa já que não é possível construir políticas públicas sem dados e informações", ressaltou a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha.

A coleta de dados do Censo Agropecuário 2017 começa no dia 1º de outubro e vai até fevereiro de 2018. Durante este período, os recenseadores visitarão mais de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país. Os resultados preliminares devem ser divulgados pelo IBGE em maio de 2018, com o resultado final previsto para o meio de 2019. Outra novidade é que Censo 2017 será completamente digital, facilitando o processamento, a análise e a divulgação. O último Censo agropecuário do IBGE foi realizado em 2006.

Confira apresentação sobre o Censo Agropecuário 2017.